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Como a radiocomunicação pode ajudar no combate a situações de risco

Por Dane Avanzi (*) | 30/01/2013 15:04

Segundo a UIT - União Internacional de Telecomunicações, agência da ONU especializada em telecomunicações, a radiocomunicação é a ferramenta de comunicação mais eficaz no combate a situações de emergência e catástrofes em geral.

Dentre as principais tarefas da UIT está a organização, debate e estudos sobre o desenvolvimento do setor de telecomunicações em âmbito mundial. Para tanto, todos os países signatários da ONU (192 nações) participam enviando delegações, além dos principais fabricantes de produtos e operadoras de telecomunicações de todo o mundo.

Há na UIT grupos de estudos específicos, dos diversos tipos de ferramentas de telecomunicações hoje disponíveis no mercado. Após avaliar todas as tecnologias existentes atualmente, a agência conclui que o meio de comunicação mais confiável é a radiocomunicação.

Dentre as principais características desse serviço a mais relevante de todas é o fato de ser instantânea. Simplesmente aperta-se um botão e transmite-se a mensagem, em tempo real. Não precisa discar, digitar sequências de números ou letras, nem depende de torres, que numa emergência podem não funcionar, caso da telefonia móvel, por exemplo.

Em uma situação onde segundos fazem a diferença entre a vida e a morte - e um minuto é uma eternidade - o uso da radiocomunicação pode mitigar danos e salvar vidas. Uso como exemplo as tragédias ocorridas em casas de show, em particular, a triste situação da boate Kiss, onde a grande parte dos jovens morreram asfixiados em razão de não terem conseguido acessar a saída rapidamente. Se os seguranças da boate utilizassem radiocomunicadores, os que estavam no palco poderiam ter avisado imediatamente aos que guardavam a porta de acesso à rua, que prontamente seria aberta para a saída das pessoas e também da fumaça.

O Brasil, signatário e participante da UIT, aplica em seu território muitas normas, decisões e recomendações emanadas por seus fóruns e grupo de estudo. Aeronaves e embarcações, por exemplo, devem obrigatoriamente possuir equipamento de radiocomunicação. Para aprendermos com nossos erros precisamos repensar nossas leis de segurança, de modo a criar uma legislação básica de garantia, e criar condições mais seguras para locais onde se encontram milhares de pessoas.

Dane Avanzi, e advogado e empresário de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações e diretor presidente do Instituto Avanzi, ONG de defesa do consumidor de telecomunicações.

(*)Dane Avanzi, e advogado e empresário de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações e diretor presidente do Instituto Avanzi, ONG de defesa do consumidor de telecomunicações.

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