“Vou acabar com o Uber até que haja critério”, diz Marquinhos Trad
A polêmica envolvendo a regulamentação do aplicativo Uber em Campo Grande deve se estender para o próximo gestor, Marquinhos Trad (PSD). Ao Campo Grande News, o prefeito eleito adiantou que será extremamente rigoroso, se posicionando em favor dos taxistas e mototaxistas.
“Vou acabar com o Uber até que se tenha critério”, enfatizou Trad. “Se necessário, ingressaremos judicialmente para impor regras. Só assim poderão permanecer por aqui”.
O futuro prefeito lembrou que a operação do aplicativo de caronas pagas está judicializada em diversas capitais brasileiras. “Não simpatizo do jeito que eles estão. O Uber entrou sem regularização, sem fiscalização e não sabemos quem são essese motoristas”, alertou. Segundo ele, a falta de regras pode incitar a criminalidade. “E hoje, com tanta violência, você não sabe quem está te buscando em casa e nem para onde vai levá-lo”, complementou.
A opinião é compartilhada pelo atual prefeito Alcides Bernal (PP), que nesta manhã (2) confirmou que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) está promovendo fiscalização para conter as “caronas pagas” irregulares e que não permitirá o transporte ilegal em Campo Grande. “Nunca andei de Uber, mas se não é regulamentado é ilegal”, declarou Bernal (PP), dizendo também apoiar os taxistas e moto-taxistas.
Procurado pela reportagem, o presidente do Sintaxi, Bernardo QuartinBarrios, preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Já a assessoria de imprensa da Uber aponta que, apesar de não ter regulamentação, o serviço não é clandestino.
Visão da lei – Em Campo Grande, um projeto de lei para proibir o Uber tramita na Câmara Municipal desde outubro de 2015, proposto pelo vereador e candidato a prefeito Marcos Alex (PT). O argumento seria, justamente, a falta de regulamentação.
Carona paga – Funcionando a ouco mais de dois meses, o app que conecta passageiros e motoristas ganha deptos diariamente na Capital, atraídos pelos preços mais baixos que os cobrados por taxistas. Desde o início de novembro, além de cartão de crédito, motoristas da Uber estão aceitando dinheiro. Para entrar no carro, o passageiro paga R$ 2,5 e depois tem de desembolsar R$ 1,10 por km rodado e R$ 0,15 pelo minuto.