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Capital

A cada nova chuva, velhos problemas atormentam moradores na Capital

Aline dos Santos | 12/02/2015 12:48
Chuva forte transformou rua Taquari em rio. (Foto: Direto das Ruas)
Chuva forte transformou rua Taquari em rio. (Foto: Direto das Ruas)

A cada nova chuva, velhos problemas surgem para os moradores dos bairros Santo Antônio e Jockey Club, em Campo Grande.

Na Rua Taquari, no Santo Antônio, o temporal da noite de ontem fez com que a enxurrada tomasse a via. Segundo o marceneiro Silvano Moreira, 33 anos, a água lamacenta só não entrou nos imóveis porque os moradores já tomaram medidas de prevenção.

Na porta da marcenaria, foi construída uma barreira com tijolos. “Toda vez que chove é assim”, diz. Segundo Silvano, o problema piora porque a rua é linha de ônibus. “Quando passa veículo pesado, faz ondas. Todo mundo teve que fazer algum tipo de 'barricada'”, afirma.

Ele conta que a enxurrada desce do bairro Santo Amaro. Ou seja, mesmo quando a chuva vem fraca, podem ocorrer alagamento se chover forte no bairro vizinho.

Moradora há 15 anos na rua da Promissão, próximo da Taquari, a funcionária pública Solange Maria Scarton Angeli, 45 anos, precisou prender o vaso à parede para evitar que fosse arrastado pela enxurrada. Outra medida foi elevar o terreno. De acordo com ela, a prefeitura informou que a região teria melhoria na drenagem com a revitalização da avenida Júlio de Castilho. “Mas não melhorou”, diz.

Na rua das Amapolas, no bairro Jockey Club, a chuva trouxe uma surpresa desagradável para a professora aposentada Dejanira Leite de Fonseca, 58 anos. A enxurrada chegou encobrir a calçada. “Imaginava que não ia ter mais”, afirma.

Segundo ela, desde outubro do ano passado, após obras da prefeitura, não havia alagamento da rua. “Quando foi ontem, veio uma surpresa para todo mundo”, conta. Até ano passado, ela costumava ver geladeira, panela boiando, além do vizinho trocando o carro pelo jet ski.

Na rua Taquari, marcenaria ganhou proteção contra enchentes. (Foto: Marcelo Calazans)
Na rua Taquari, marcenaria ganhou proteção contra enchentes. (Foto: Marcelo Calazans)
“Imaginava que não ia ter mais”, afirma Dejanira, moradora da rua das Amapoulas. (Foto: Marcelo Calazans)
“Imaginava que não ia ter mais”, afirma Dejanira, moradora da rua das Amapoulas. (Foto: Marcelo Calazans)

Inaugurada há nove dias, a Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Imá, teve parte do teto da brinquedoteca danificada pela chuva forte. Cinco placas do forro cederam, alagando a sala.

De acordo com Eloísa Castro Berro, que participa da coordenação do local, não houve danos e o imóvel está em fase de finalização da entrega. O espaço, com custo de R$ 7,9 milhões, foi inaugurado em 3 de fevereiro pela presidente Dilma Rousseff (PT). O engenheiro fez visita hoje ao local.

De acordo com a meteorologia, o bairro Santo Antônio teve 67,75 mm (milímetros) de chuva. No entanto, a região mais atingida foi na avenida Ernesto Geisel. Segundo o meteorologista da Uniderp/Anhanguera, Natálio Abrahão Filho, foram registrados 81 milímetros de precipitação.

ProblemasNa Joaquim Murtinho, a enxurrada chegou a arrastar uma caçamba de entulho até o início da rua Bahia. No Centro Municipal Pediátrico, a energia acabou e uma criança que precisava de cuidados médicos teve que ser transferida para a Santa Casa. Segundo o Corpo de Bombeiros, a água invandiu casa nos bairros Jockey Club e Nova Bandeirantes.

Inaugurada dia 3, Casa da Mulher teve problemas com a chuva forte. (Foto: Marcelo Calazans)
Inaugurada dia 3, Casa da Mulher teve problemas com a chuva forte. (Foto: Marcelo Calazans)
Na rua Promissão, moradora teve que prender vaso, que já foi levado pela enxurrada.
Na rua Promissão, moradora teve que prender vaso, que já foi levado pela enxurrada.
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