Antes de matar jardineiro por R$ 0,50, adolescentes foram a culto evangélico
Dois dos quatro adolescentes envolvidos no assassinato do jardineiro Pedro Sebastião de Souza, 59 anos, participaram de um culto evangélico uma hora e meia antes do crime, segundo a delegada Rozeman de Paula, titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude). Logo depois, já sob efeito de entorpecentes, eles feriram a vítima com golpes de facão na cabeça e a agrediram em diversas partes do corpo. Eles roubaram apenas R$ 0,50 e um telefone celular.
“O tio de um dos adolescentes é pastor e eles o acompanhavam em um culto da igreja, localizado no Jardim Noroeste”, diz a delegada, complementando que o evento terminou às 21h e logo em seguida eles se dirigiram ao bairro.
Juntos na casa de uma menina, eles decidiram cometer o crime. São pessoas com idades entre 14 e 16 anos. Conforme a Polícia, a menina teria comentando que a vítima possuía “grandes quantidades de dinheiro escondidas no imóvel”. Pedro então foi abordado na rua, agredido e levado até a sua casa.
Após vasculhar o local, os adolescentes levaram apenas um celular e R$ 0,50. Todas as informações foram descobertas no decorrer da segunda-feira (12), quando parentes de um dos adolescentes o levou na delegacia, sendo as outras apreensões realizadas em seguida.
“Foi realizada a oitiva com os quatro adolescentes, os pais e outras testemunhas. Agora o inquérito policial já está em fase de conclusão, aguardando apenas laudos periciais”, conta a delegada.
Os adolescentes responderão por latrocínio (roubo seguido de morte). A pena máxima de internação é de três anos, a ser cumprida em uma Unei (Unidade Educacional de Internação).
Crime – O jardineiro foi encontrado morto com perfurações na cabeça há dois dias, em sua casa no Jardim Panorama. A princípio, a hipótese policial era de que a vítima teria sido roubada porque estava com uma quantia de dinheiro do “jogo do bicho”.
Horas antes, ele comemorava o “Dia das Mães”, passando o dia com a mãe e uma irmã. Segundo testemunhas, o jardineiro era muito querido na região onde morava e não possuía desavenças.