Após massacre, grupo une origami à lenda japonesa para pedir paz
Na praça Ary Coelho, a milenar arte do origami se une a uma lenda japonesa para pedir paz. Artistas plásticos, crianças e idosos trabalham na confecção de mil tsurus (pássaros).
Conforme a lenda, quem faz mil pássaros, meta do grupo, tem um desejo atendido. A idéia surgiu após o massacre na escola do Rio de Janeiro, onde 12 adolescentes foram executados pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira.
A tragédia aconteceu na última quinta-feira. “A gente ficou muito emocionado. É um reflexo da sociedade violenta que a gente vive. É um momento muito difícil”, salienta o artista plástico Dagoberto Pedroso, o Dagô.
Na rua, o origami japonês é “abrasileirado” com inscrição de mensagens nos pássaros, feitos a partir de um quadrado de folha sulfite. “O planejado era somente os pássaros. Mas as mensagens brotaram espontaneamente das pessoas. Todo mundo está com vontade de pedir paz”, conta a artista plástica Suzana Barbosa Lima, de 42 anos.
“Acho que foi uma benção. Isso vai trazer luz para o coração daquelas mães”, afirma Zenir da Luz Silva, de 72 anos, que ajuda a confeccionar os pássaros.
“Respeito ao próximo é o mais importante antes de começar a ideologia da paz”, completa a jornalista Carol Alencar, de 25 anos.
A intenção é que os pássaros cheguem ao Rio de Janeiro. Mas, primeiro é preciso atingir o desafio de fazer mil origamis. Os idealizadores afirmam que podem voltar outos dias à praça para cumprir a missão e, finalmente, ter o direito de pedir paz.
Prisões - Dois suspeitos de negociar uma das armas usadas pelo atirador foram indiciados por comércio ilegal de arma de fogo e a pena pode chegar a 8 anos.
Conforme o Portal G1, o chaveiro Charleston Souza de Lucena, de 38 anos, e o vigia Izaías de Souza, de 48 anos, tiveram a prisão preventiva decretada na madrugada deste sábado.