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Capital

Decon e Iagro apreendem queijo transportado irregularmente na BR-163

Ítalo Milhomem e Paula Vitorino | 04/04/2011 11:18
Queijo apreendido pela Decon e Iagro sem nenhum cuidado de higiene. (Foto: João Garrigó).
Queijo apreendido pela Decon e Iagro sem nenhum cuidado de higiene. (Foto: João Garrigó).

A Decon (Delegacia Especializada de Atendimento ao Consumidor) e a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) apreenderam na manhã desta segunda-feira (4), cerca de 160 peças de queijo caseiro durante ação de fiscalização de produtos manipulados de origem animal destinado a venda. A fiscalização é realizada na BR-163, em Campo Grande.

O queijo era transportado na carroceria de uma caminhonete Silverado, dentro de uma caixa d'água, sem cobertura nenhuma, exposto ao sol e chuvas.

Os produtos de origem animal, como o queijo apreendido nesta segunda-feira, devem ser transportados em caminhões refrigerados, além de serem manipulados em locais que tenham a fiscalização dos serviços de inspeção sanitária, autorizado pelos órgãos competentes.

O fiscal do Iagro, Ivan Garcia de Freitas alertar que se fosse feita a análise destes queijos apreendidos todos eles estariam contaminados com bactérias, que poderiam causar aos consumidores diarréias e até mesmo a contaminação de brucelose e tuberculose.

De acordo com Delegado da Decon, Adriano Garcia, o motorista afirmou que o produto foi fabricado em uma fazenda no município de Sidrolândia e seria fornecido para venda em um supermercado na avenida Calógeras em Campo Grande.

Como não há notas fiscais que comprovem o destino final do produto, a Decon e o Iagro não podem autuar o estabelecimento que venderia o queijo impróprio, porém ele ressalta que quem deve realizar a fiscalização nos estabelecimentos são as vigilâncias sanitárias de casa município.

A polícia não divulgou o nome do condutor da caminhonete, mas ele será enquadrado na legislação de proteção ao consumidor, que proíbe a venda de produtos impróprios para consumo humano. A pena para o crime é de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.

O queijo apreendido será destruído ainda hoje pelos fiscais da Iagro.

Fiscalização- A operação de fiscalização destes produtos é considerada de rotina pelas autoridades e neste caso foi realizado na segunda-feira porque é o período que os fornecedores do interior distribuem as mercadorias para os estabelecimentos na Capital.

Em 2010 foram apreendidas e destruídas 24 toneladas de produtos manipulados de origem animal. Garcia revela que as operações deveram continuar durante o ano para inibir a comercialização de produtos impróprios para o consumo.

Garcia orienta para que os consumidores olhem as embalagens e identifiquem se os produtos têm procedência e se eles foram fiscalizados pelos órgãos competentes.

“As pessoas que vão comprar os produtos têm que observar se consta um dos selos da fiscalização na embalagem. O SIF (Serviços de Inspeção Federal), o SIM (Serviço de Inspeção Municipal) ou o SIE (Serviço de Inspeção Estadual). Estes selos garantem que os produtos foram feitos com as condições mínimas de higiene” explica o delegado da Decon.

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