Arrastado por carro, Edy pertencia a criança e teria morrido atropelado
O dono do cachorro Edy, amarrado em um carro e arrastado pelas ruas do Bairro Los Angeles na tarde de ontem (21), afirmou que o animal havia sido atropelado e estava ensanguentado, por isso não o colocou dentro do carro. O cão pertencia a uma criança, parente do homem de 65 anos, detido pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na tarde desta terça-feira (22).
O delegado Wilton Vilas Boas, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), apontou que o autor está prestando depoimento ao delegado adjunto. O rapaz afirmou que o cão estava morto, quando ele o amarrou no carro.
Segundo o depoimento, o cachorro ficava no quintal de casa, mas alguém esqueceu o portão aberto e Edy acabou fugindo, sendo atropelado por um caminhão guincho. O animal estava ensanguentado, por isso não quis colocar dentro do veículo, o amarrando no para-lamas.
O cão foi arrastado desde a Rua dos Cafezais, onde o autor mora, até o anel rodoviário, na saída para São Paulo, onde foi sepultado.
Agora a polícia procura testemunhas, para saber se o cão realmente estava morto quando foi arrastado. Será registrado ocorrência por maus-tratos e pela destinação inadequada do resíduo. O autor foi multado em R$ 5,5 mil pela PMA.
Caso - As imagens foram feitas por um motorista de 35 anos, que pediu para não ser identificado. Ele relata que estava indo buscar a esposa no trabalho, quando viu a cena. “Fiquei chocado e tentei alertar o motorista que seguia em um Celta, de cor branca, e tinha como passageira uma senhora, mas ele acenou com o braço e continuou o percurso”.
No caso de multa administrativa, o homem poderá recorrer e para se livrar do crime de maus-tratos vai ter que provar que o animal estava morto.