Artistas são presos em performance moderna a favor de índios
Quatro integrantes do grupo que realiza o “IPêrformático”, primeiro encontro de performance promovido na cidade, foram detidos e encaminhados para a delegacia na manhã deste sábado (15) acusados de vandalismo. Os artistas percorreram algumas ruas da região central “riscando” o chão com tinta vermelha, com o intuito de simbolizar o sangue dos índios derramado nos conflitos de terra no Estado.
O grupo formado por estudantes e artistas inciou a performance na praça Oshiro Takimori, em frente ao Mercadão, e seguiu até a antiga rodoviária. Eles foram detidos pela Guarda Municipal que alegou que eles estavam praticando atos de vandalismo (pichações) e foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Os guardas afirmaram ainda que os jovens não tinham autorização para a performance.
Entre os detidos estão os artistas Carin Louro, 25 anos, Tom Kyo, 24, Silvia Miranda, 40, e Tiago Salis, 28 anos, este último que veio de São Paulo para participar das intervenções.
Segundo a estudante Carin, a performance que estava sendo realizada retrata os conflitos indígenas e representa “a terra do índio manchada por sangue”.
Esta é a segunda vez que integrantes do grupo são detidos na Capital. Na quinta-feira (13), duas pessoas foram detidos enquanto realizavam a performance no Fórum de Campo Grande. Os artistas entraram com caixas de papelão na cabeça, com apenas uma abertura próximo aos olhos, enquanto eram fotografados por uma das integrantes do grupo.
A tinta usada na performance deste sábado, segundo os artistas, é de extrato natural de cal e sai facilmente.