Defensoria notifica universidade a contratar intérprete para aluna
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul informou, por meio da assessoria de imprensa, que está acompanhando o caso da estudante Tábata Larissa Rodrigues Lopes, 20 anos. Ela, que é surda, está matriculada no curso de Biologia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), porém a universidade se nega a contratar uma intérprete.
Conforme a assessoria de imprensa, na semana passada quando foi procurada pela família da estudante, a Defensoria encaminhou um ofício para a instituição de ensino comunicando que teria que providenciar uma intérprete para a acadêmica.
No dia da matrícula, ao informar sobre a deficiência da filha, Iraene Rodrigues Nogueira, 45 anos, ficou surpresa com a resposta. “A universidade disse que eu teria que contratar uma intérprete de acordo com a necessidade dela ou acompanhá-la nas aulas”.
De acordo com o MEC (Ministério da Educação) o artigo 14 do decreto 5.626, de 2005, que regulamenta a Lei de Libras, instituições de ensino superior particular "buscarão implementar as medidas". Medidas para "assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiência auditiva".
A Defensoria ainda não recebeu uma resposta da universidade, que tem 10 dias para responder o ofício com seu posicionamento com relação a contratação da interprete.
Iraene também comunicou o caso ao MPE (Ministério Público Estadual).