ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
FEVEREIRO, SEXTA  07    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Dupla de traficantes aliciava mulheres para entregarem drogas em presídios

As duas têm relacionamentos com detentos e alugavam quarto no Jardim Noroeste para preparam outras mulheres para burlar a fiscalização do Complexo Penal

Anahi Zurutuza e Amanda Bogo | 13/02/2017 16:13
Dupla de traficantes aliciava mulheres para entregarem drogas em presídios
Rafaela (de blusa preta) e Suelen e drogas encontradas com elas (Foto: Amanda Bogo)

Duas mulheres foram presas por comandar, segundo a Polícia Civil, esquema para burlar a fiscalização das unidades do Complexo Penal de Campo Grande e levar drogas para detentos. Suelen Ortiz de Oliveira, 24 anos, e Rafaela Kristine Vogle, 31 anos, são vizinhas e casadas com presidiários do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima na Capital.

De acordo com o delegado João Paulo Sartori, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), as duas alugavam um quarto extra na vila da casas onde moravam na rua Atibaia, no Jardim Noroeste – leste de Campo Grande – e no local eram preparadas outras mulheres para entrarem nos presídios com drogas.

Suelen e Rafaela foram presas em flagrante por volta das 6h30 deste domingo (12), depois que a Denar receber denúncia anônima de que elas entrariam na Máxima com entorpecentes.

A primeira estava com 400 gramas de maconha embaladas em formato cilíndrico, método usado para que o pacote seja introduzido na vagina. Como os policiais tinham informações de que ela também entregaria na penitenciária uma encomenda de cocaína, questionaram onde a droga estava escondida e ela revelou a participação da vizinha.

No cômodo alugado, a polícia localizou 1,5 kg de maconha e 300 gramas de cocaína.
Suelen, que tem relacionamento com um preso identificado pelo delegado apenas como Julielson, já tem passagem por tráfico de drogas. Ela foi presa uma vez em Coronel Sapucaia. A jovem nega que fosse entrar com a maconha que estava em sua casa na Máxima e assumiu ser a locatária do cômodo.

Ela também revelou que foi contratada por uma pessoa para “trabalhar uma mulher” para entregar encomendas de entorpecentes na Máxima.

Durante coletiva de imprensa, ela afirmou que vende drogas para sustentar os filhos de 9, 6 e 2 anos, além de um bebê de 6 meses.

Rafaela também justificou que se tornou traficante para manter a família. Ela tem três filhos, de 4 e 5 anos, além de um bebê de 3 meses. “Ninguém contrata mulher de preso”, afirmou.

Nos siga no Google Notícias