Em quatro anos, projeto garante entrega correta para adoção de 40 bebês
Desde o seu lançamento, em setembro de 2011, na Capital, o projeto Dar à Luz, idealizado pela juíza Katy Braun do Prado, já conseguiu garantir a entrega de pelo menos 40 bebês, incluídos gêmeos, para adoção de forma correta.
Segundo dados do Núcleo de Adoção da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campo Grande, as gestantes que desejam entregar seus filhos para adoção têm buscado apoio no projeto. Ainda de acordo com o levantamento, elas pertencem a diferentes classes sociais.
Na época de seu lançamento, o Dar à Luz foi considerado um programa revolucionário no país, já que garante às gestantes que não querem ou não têm condições de criar o filho, o direito de procurar a Justiça para apoio e orientação sobre adoção.
O projeto, que conta com o apoio da Coordenadoria da Infância e da Juventude de Mato Grosso do Sul, visa oferecer um serviço de acolhimento, apoio e orientação às mulheres que desejam entregar seus filhos em adoção, favorecendo a reflexão sobre o processo de decisão e sobre a importância da entrega responsável.
As mães que buscam o programa são atendidas por uma psicóloga e uma assistente social e são orientadas quanto as implicações de sua decisão, além de como devem agir em caso de eventuais assédios para entrega ilegal da criança.
Interior - Depois da Capital, o projeto chega agora à comarca de Nova Andradina, onde a juíza da Vara de Infância e Juventude, Jacqueline Machado, apresentou esta semana o projeto.
A proposta foi apresentada para funcionários da secretaria municipal de Saúde, principalmente aos que integram o setor de atenção básica nas unidades de Estratégia Saúde da Família.
De acordo com a juíza, várias mulheres já estavam procurando o Poder Judiciário para entregar seus bebês, por isso, ela resolveu formalizar o projeto e permitir que toda a rede de atendimento conheça o funcionamento do programa, realizando o encaminhamento correto.
“Em longo prazo, queremos impedir entregas ilegais de bebês para casais não habilitados. Já tivemos alguns casos na comarca, embora não sejam muitos, mas as adoções ilegais existem e é isso que queremos evitar”, ressalta a juíza.
Na Capital, as gestantes interessadas em buscar o programa podem entrar em contato com a Vara da Infância, Juventude e do Idoso, através do telefone (67) 3317-3428 ou ir direto ao Fórum, que fica na Rua da Paz, 14, térreo, Bloco 2.