Empresas de MG, PR e ES querem explorar concessão do transporte na Capital
Caso contrato seja rompido, mão de obra terá que ser aproveitada
A notícia do provável rompimento do contrato de concessão do transporte público em Campo Grande despertou o interesse de empresas de outros Estados.
“Já estão ligando na Agetran. Empresas de Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo”, afirma o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Rudel Trindade.
De acordo com ele, caso o rompimento se confirme, o contrato deve especificar que as empresas têm que reaproveitar a mão de obra, para evitar o desemprego em massa.
O Ministério das Cidades exige melhorias no transporte público para que Campo Grande receba recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana.
A Assetur (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano) precisa investir R$ 40 milhões. “O sistema precisa ser muito bem informatizado, para a pessoa saber quando tempo vai demorar o ônibus, com informações sobre o trajeto”, salienta o diretor da Agetran.
A questão ambiental também será priorizada. “Os nossos ônibus têm que atender as normas do Conama. Uma garagem de ônibus gasta de 5 mil a 10 mil litros de água por dia só para lavar carro. Têm os produtos químicos, o óleo lubrificante”, afirma.
Para a empresa, Rudel explica que a vantagem será aumento do número de passageiros, diante da melhora do sistema, e redução dos custos operacionais. “O ônibus circula a 18km/h, se aumentar um pouco, vai reduzir o consumo do combustível”.
A prefeitura chegou a anunciar o rompimento com a Assetur. Hoje, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) declarou que o momento é de trégua, em busca de solução.