“Foi um desespero horrível”, diz menina que foi atacada por dois cães pit bulls
A menina estava indo em direção ao comércio do pai com seus dois cachorros, quando foi atacada pelos cachorros
"Foi um desespero horrível aquele cachorro grudado na minha perna", contou hoje Maria Carolina Samaniego Ferreira, 10 anos, que foi atacada por dois cães pit bulls no fim da tarde de ontem (21). Ela ia para a loja de materiais de construção do pai, na rua Sagarana no bairro Jardim Panamá, em Campo Grande.
Carolina já está em casa. Ela saiu ontem mesmo da Santa Casa e levou 12 pontos na perna direita. “Eu não gosto nem de olhar, de tão feio que ficou o machucado”, disse Carolina.
A menina conta que estava indo em direção ao comércio do pai com seus dois cachorros: um poodle e um cocker, o que teria chamado atenção dos cães maiores. Um deles, de cor branca, mordeu o cocker e o outro, marrom, a perna de Maria Carolina.
“Na hora que pegaram o meu cachorro, eu peguei o poodle no colo e comecei a gritar”. Ela conta que pegou a coleira do seu cachorro e começou a bater nos dois. “Quando eu virei as costas, um dos cachorros veio por trás, e grudou na minha perna”.
Sidney Ferreira, 47 anos, pai da menina, disse que foi horrível ver a filha gritando desesperada. “Umas 10 pessoas jogaram pedras, tijolos, mas o cachorro não largava a perna dela. Foi por Deus que ele soltou”.
De acordo com os moradores, os pit bulls são duas cadelas e ficam em uma construção de casa. Segundo eles, os cachorros saíram porque os pedreiros não fecharam o portão da forma correta. Um dos cães, o que mordeu Maria Caroline, ainda não foi localizado.
O dono da casa não quis falar com a imprensa. Ao ser questionado sobre o paradeiro do cachorro, ele disse que alguém deve ter machucado e por isso até agora não foi encontrado.
Não é a primeira vez - A comerciante Jaqueline Samaniego, 40 anos, tia de Maria, afirma que não é a primeira vez que esses cachorros escapam e ficam na rua. “A semana passada eu ia ser a vítima, mas por sorte eles se distraíram com outra coisa”, conta.
A mãe de Maria Carolina, a professora Tomasia Rosana, 53 anos, disse que os cães atacam quem passa perto. “Eles fogem e correm atrás”, afirma. Conforme ela, os cães estão na obra há aproximadamente seis meses e não são vacinados.
A garota tomou duas vacinas: uma antitetânica e anti-rábica. Segundo a mãe o médico pediu para observar a reação do cachorro e da menina durante 10 dias. “Agora o cachorro fugiu e o dono não sabe do paradeiro dele”, finaliza Tomasia.