No Jardim Aeroporto, moradores reclamam de falta de luz e mato alto
Mesmo com postes nas ruas, os moradores do Jardim Aeroporto têm reclamado da falta de segurança em algumas vias, por conta da falta de iluminação. O número de furtos e assaltos, de acordo com eles, tem aumentado na região, principalmente, nas ruas Serra dos Passos e Araucária, onde o problema se intensifica com presença de terrenos baldios abandonados.
O mecânico José Carlos Mota, 59 anos, contou que algumas casas da região têm sido furtadas. Ele mora no bairro há seis anos e até agora a situação não mudou. “Traz muita insegurança. A região é frequentada por usuários de drogas, por conta da falta de luz e mato alto”.
Ele revelou que as luzes que estavam funcionando foram quebradas por “vândalos” da região. “Quando vamos reclamar, eles nos ameaçam com armas”. Em sua mecânica, ele precisa “esconder” alguns objetos, como baterias de caminhão, para que não sejam furtados.
“Esses postes estão aqui de enfeite, mas na hora de pagar a conta, temos que pagar uma taxa de iluminação pública”, reclamou o mecânico.
A irmã de José, Romilda de Fátima, 54, também está sofrendo com a criminalidade e a escuridão da região. Ao anoitecer, a doméstica não sai de casa, por medo de que ela seja assaltada.
Na semana passada, Romilda estava saindo para o trabalho, por volta das 6h da manhã, e percebeu que uma pessoa havia entrado na casa de um vizinho. Ao questionar, o rapaz afirmou que estava trabalhando na residência, mas depois ela descobriu que ele havia roubado um equipamento da marca Makita de um dos pedreiros, que estava na casa.
Ainda ressaltou que a falta de limpeza nos terrenos da região tem atraído usuários para o bairro. “Não dá para deixar assim”, comentou.
O militar Natã de Campos Oliveira, 25 anos, contou apenas dois postes funcionando na região. “Nada acontece. Já roubaram casas, por conta do escuro”. Ainda apontou que muitas “pessoas estranhas” se reúnem na região para usar drogas e são suspeitos de realizar os furtos e assaltos.
O supervisor Júlio César, 28 anos, também foi uma das vítimas dos ladrões. Na semana passada, bandidos invadiram sua casa e levaram cerca de R$ 4 mil.
Sobre o mato alto, Natã revelou que várias vezes precisou pagar para que o matagal fosse cortado e criticou a prefeitura por não realizar a limpeza dos terrenos, que se encontram por toda a extensão da rua. “Também tenho medo das doenças que vem do terreno, além da criminalidade”, comentou.
O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi enviada.