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Capital

Inverno começa com hospital lotado e bebê à espera por vaga em UTI

Fernanda Mathias e Guilherme Henri | 21/06/2016 12:03
Superlotação atinge praticamente todos os setores; no Pronto Socorro é de 350% e na ala vermelha adulta 200% (Foto: Guilherme Henri)
Superlotação atinge praticamente todos os setores; no Pronto Socorro é de 350% e na ala vermelha adulta 200% (Foto: Guilherme Henri)

Já no primeiro dia de inverno, período em que aumentam as infecções respiratórias e a circulação do vírus H1N1, causador da gripe A, a Santa Casa de Campo Grande está superlotada em praticamente todos os setores, situação agravada pela chegada constante de pacientes do interior, vítimas de acidentes e pacientes da atenção básica de saúde.

Até o fechamento desta matéria o bebê de dois meses com suspeita de H1N1 aguardava vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva), respirando por aparelhos em isolamento improvisado na área vermelha.

O menino Benjamin chegou com a mãe, Thays Delmondes, 21 anos, na noite de ontem, depois de várias horas de espera pela transferência de um posto de saúde. Com suspeita de gripe A, ele está recebendo tratamento com tamiflu e o irmão gêmeo, Bernardo, que também apresenta sintomas respiratórios, está na área verde do hospital.

Mãe de gêmeos internados com suspeita de H1N1, Thays Delmondes, aguardava vaga no CTI para o pequeno Benjamin, de dois meses (Foto: Guilherme  Henri)
Mãe de gêmeos internados com suspeita de H1N1, Thays Delmondes, aguardava vaga no CTI para o pequeno Benjamin, de dois meses (Foto: Guilherme Henri)

De acordo com informações da Santa Casa, a área vermelha infantil está com 100% de lotação e a adulta com 200%. Neste ano, os casos suspeitos e confirmados de gripe chegaram mais cedo ao hospital, já em abril.

Na manhã desta terça-feira, 21, havia 22 pacientes no hospital com sintomas respiratórios, sendo 11 casos descartados, quatro confirmados e 7 que ainda aguardavam resultados. Ainda segundo o hospital, 10 pessoas estão isoladas de forma improvisada, uma vez que a Santa Casa não é referência em infectologia.

A situação mais grave está no Pronto Socorro, com 350% de lotação, pressionada por vítimas de acidentes que acabam concorrendo aos leitos da UTI – ao todo 93. Nesta manhã havia cerca de 800 pacientes entre todos os setores e o hospital estima que 30% vieram do interior.

O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito para apurar falta de leitos de infectologia em Campo Grande e adotar medidas para implementar leitos de infectologia na Capital. O edital de instauração da investigação consta no Diário do Ministério Público de hoje, mas o inquérito não está aberto para consulta.

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