Noite termina com quebradeira, tiro e ônibus depredado no Centro
Vândalos quebraram a porta do restaurante Gira Grill, na avenida Afonso Pena, picharam e amassaram a de outros comércios que ficam entre as ruas Calógeras e 14 de Julho, em Campo Grande. Um rapaz ficou com uma das pernas machucadas ao quebrar a porta da agência do banco Bradesco.
O grupo participou da manifestação que teve início na Praça do Rádio Clube por volta das 17h30min, seguiu em passeata pela Afonso Pena, passando pelo Paço Municipal e depois foi à Câmara Municipal.
Uma parte foi embora e outra continuou a pé pela avenida Afonso Pena. O primeiro ato de vandalismo foi entre as ruas Pedro Celestino e Padre João Cripa: um ônibus foi pichado, passageiros tiveram que descer, a lanchonete Burger King fechou as portas e os clientes saíram.
Tiro - Alguns metros depois, no cruzamento com a rua Rui Barbosa, um homem em um Vectra disparou tiros para o alto ao tentar desobstruir a passagem e atropelou quatro pessoas, que não ficaram feridas.
Um rapaz teve um dos dedos das mãos atingido por um tiro de raspão. Ele disse à Polícia que após atendimento médico iria registrar boletim de ocorrência.
Ainda na Afonso Pena, mais atos de vandalismo na quadra seguinte: rapazes chutaram portas de comércios. A do restaurante quebrou e outras ficaram amassadas. Vidros do ponto de ônibus Peg Fácil foram quebrados.
Cintia dos Santos, 29 anos, e Robson Antunes, 28 anos, trabalhavam na cozinha do restaurante e ouviram a porta sendo quebrada. “Achei que fossem entrar para roubar”, disse Cintia, bastante nervosa.
Bem perto da Afonso Pena, no cruzamento da rua Barão do Rio Branco com a avenida Ernesto Geisel, vândalos colocaram fogo em lixo, no meio da rua, e por alguns instantes o trânsito ficou impedido. Retrovisores de carros foram quebrados e motocicletas que estavam estacionadas foram derrubadas.
A PM (Polícia Militar) foi ao local e pelo menos quatro rapazes foram detidos e duas bicicletas apreendidas. Eles estavam com um cone “que por si só já caracteriza furto”, disse um dos policiais.
Para um dos organizadores da manifestação, Vitor Samúdio, esses atos “são lamentáveis”. Ele ressaltou que a manifestação “foi pacífica durante a passeata”.
