Postos são assaltados 10 vezes pelo mesmo ladrão, que continua foragido
Conforme funcionários dos postos de combustíveis o ladrão chega em uma motocicleta Titan, de cor verde, é branco, gordo e tem aproximadamente 1,70
Um posto de combustíveis localizado na avenida Manoel da Costa Lima, e outro no bairro Universitário, em Campo Grande foi assaltado dez vezes só este ano pela mesma pessoa, segundo funcionários. A Polícia Civil afirma que desde o primeiro assalto investiga o caso, mas ninguém foi preso.
Conforme testemunhas, o ladrão chega em uma motocicleta Titan, de cor verde, a maioria das vezes no período da tarde, entre ás 13h e 18horas. O homem é branco, com cerca de 27 anos, gordo e com aproximadamente 1,70.
Conforme o delegado titular da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Pedro Espíndola, o ladrão age na maioria das vezes sozinho em uma moto e sempre usando um capacete.
“Desde o primeiro roubo nós estamos investigando o caso, o homem já trocou de moto três vezes e todas são roubadas, provavelmente ele é da região, mas ainda não foi identificado”, disse.
Funcionário do posto há cinco meses, Henry Ferreira dos Santos, 20 anos, contou que na última quinta-feira (15), o ladrão levou em torno de R$ 600 do posto. O gerente, em depoimento na polícia, disse que este mesmo bandido havia assaltado o local há três dias.
Com medo, a maioria dos trabalhadores não quer ser identificada. Um deles disse estar revoltado com o fato de nenhum suspeito ter sido preso pela Polícia.
Já o posto combustíveis Bonatto, no bairro Universitário, foi assaltado quatro vezes desde o início deste mês. Só na semana passada foram duas vezes, na segunda (5) e sexta-feira (10).
Mas o que revolta os funcionários é o fato dos roubos terem todos sidos praticados supostamente pelo mesmo ladrão que assaltou o posto na Manoel da Costa Lima. “É sempre o mesmo cara, a gente já conhece ele e reconhece quando chega de moto”, diz um dos funcionários.
Ele aborda um dos frentistas e anuncia o assalto, exigindo que passem todo o dinheiro e insinuando estar armado. A ação é rápida e geralmente sem violência. O ladrão sempre leva valores pequenos de dinheiro, que ficam com os frentistas.
“Ele chega e fala pra passar o dinheiro. Ele fica com a mão embaixo da blusa, mostrando que está armado”, conta. No último roubo, realizado ontem à tarde, o assaltante ainda teve a ousadia de roubar o celular de uma motociclista que estava parada para abastecer.
Mas um dos funcionários diz que a cara de pau do ladrão chega a ser maior, pois em um dos assaltos ele obrigou um frentista, segurando-o pelo braço, a recolher o dinheiro de cada um dos funcionários que estavam no posto. “Foi passando de funcionário em funcionário pra recolher o dinheiro”, diz.
Apesar da cara de pau, os funcionários acreditam que o ladrão esteja no mundo do crime há pouco tempo, pois treme quando vai abordar as vítimas.
Os frentistas contam que o posto não era alvo de assaltos antes, já que antes da série de roubos o último assalto foi há cerca de 2 anos.