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Capital

Presídios devem ter sinal de celular bloqueado até final do ano

Fabiano Arruda e Francisco Júnior | 16/02/2012 18:10
O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete Souza de Oliveira Filho, informa que equipamento deverá ser instalado até o final deste ano. (Foto: Francisco Júnior)
O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete Souza de Oliveira Filho, informa que equipamento deverá ser instalado até o final deste ano. (Foto: Francisco Júnior)

O sinal de celular em unidades prisionais de Campo Grande deve ser bloqueado até o final do ano. É o que foi informado em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, na 2ª Vara de Execuções Penais, no Fórum, em Campo Grande, para discutir o assunto.

A ideia é debatida desde a rebelião de 2006 no Presídio de Segurança Máxima. À época, o sinal chegou a ser bloqueado, porém, prejudicou moradores da região, bastante populosa na Capital.

Segundo o promotor Fernando Esgaib, um técnico fará estudo para que o sistema que bloqueie o sinal atinja, sem prejuízos à população, o presídio de Segurança Máxima, de Trânsito, Instituto Penal e Centro de Triagem, que possuem, ao todo, cerca de 4 mil detentos.

Esgaib admitiu que a questão não é simples, mas destacou que a utilização de celulares para prática de crimes por detentos de dentro dos presídios é notória.

Também presente no encontro, o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete Souza de Oliveira Filho, acredita que o mecanismo seja implementado até o final do ano.

Ele revela que, de 2007 ao ano passado, cerca de dois mil aparelhos celulares entraram só na Máxima.

Para Deusdete, o problema é crônico e o trabalho de fiscalização é dificultado, já que visitas entram nas unidades prisionais com os celulares desmontados. Além disso, acrescenta que são registrados casos em que a população dos bairros joga os aparelhos para dentro dos presídios.

A reunião de hoje foi a terceira realizada para debater o tema. Participaram também o juiz Albino Coimbra Neto, além de representantes da Anatel, Procon, Gaeco e Ministério Público.

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