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Capital

Universitários foram assassinados porque viram rosto de bandidos

Marta Ferreira e Viviane Oliveira | 01/09/2012 09:55
Rafael, de 22 anos, seria o cabeça da quadrilha que matou universitários. (Foto: Viviane Oliveira)
Rafael, de 22 anos, seria o cabeça da quadrilha que matou universitários. (Foto: Viviane Oliveira)

A pergunta que todos fazem sobre o duplo homicídio dos universitários Breno e Leonardo, ocorrido de quinta para sexta-feira em Campo Grande, foi respondida de forma impressionantemente simples, e cruel, pelos bandidos que confessaram o crime: os dois jovens, de 18 e de 19 anos, foram assassinados com tiros na cabeça porque viram o rosto dos assaltantes. A informação foi dada nesta manhã pela delegada Maria de Lourdes Cano, da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), onde estão as cinco pessoas já identificadas como envolvidas no crime.

São elas Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, a primeira ser presa, ontem cedo, o marido dela, Rafael da Costa Silva, de 22 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, 22 anos, Raul Andrade Pinho, 18 anos, e um adolescente de 17 anos, irmão de Rafael.

A delegada classificou os integrantes da quadrilha como pessoas extremamente frias. De acordo com ela, as investigações, até agora, indicam que Rafael é o cabeça do grupo, que não tem ligações, conforme apurado por enquanto, com outras quadrilhas de roubo de veículos. Tudo indica, até agora, que Rafael foi quem atirou nas vítimas.

Rafael saiu esta manhã com policiais para procurar a arma usada pelo crime. O caso mobilizou Polícia Civil e Polícia Militar na Capital e no interior e nesta manhã, o secretário de Justiça e Segurança Pública foi até a Defurv.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini. (Foto: Viviane Oliveira)
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini. (Foto: Viviane Oliveira)

Porquê? Conforme a delegada Maria de Loudes, os estudantes Breno Luigi Silvestrini de Araújo, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos, foram escolhidos aleatoriamente como vítimas. O grupo, conforme a delegada, queria roubar uma camionete, mas acabou optando pelo utilitário esportivo em que os meninos estavam, uma Pajero.

A versão deles é que o veículo seria usado para quitar uma dívida de droga de Rafael, que, segundo familiares, é dependente químico. A Polícia duvida disso e acredita que o carro seria vendido na Bolívia e cada um ficaria com uma parte do valor.

Conforme a delegada, os bandidos tem de dois a três crimes do tipo e teriam se conhecido “há pouco tempo”.

Weverson, Rafael e Dayane são apontados como envolvidos, também, no assassinato do piloto Marco Antônio Leão Ramos, ocorrido em agosto, em Anastácio. Weverson, preso ontem na região de Aquidauana, confessou o crime segundo a Polícia.

Dois veículos foram apreendidos com o grupo, um Uno da mãe de Rafael, que teria sido usado por eles, e uma moto. A Pajero, que foi localizada em Corumbá, ainda vai ser trazida para Campo Grande.

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