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Cidades

Declaração do Papa sobre gays surpreende líder de travestis em MS

Bruno Chaves | 29/07/2013 20:34

Os homossexuais não devem ser “julgados ou marginalizados”, disse o Papa Francisco nesta segunda-feira (29) ao voltar ao Vaticano. Para a presidente da ATMS (Associação das Travestis de Mato Grosso do Sul), Cris Stefanny, a declaração do Santo Padre reforça o respeito ao ser humano, principalmente ao homossexual.

"Se uma pessoa é gay e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?", questionou o Pontífice durante conversa com jornalistas a bordo do avião que o levou do Rio de Janeiro (RJ) a Roma, depois da JMJ (Jornada Mundial da Juventude).

De acordo com Cris, todos os papas antecessores de Francisco pregavam o respeito, mas tinham uma visão equivocada quanto ao homossexual. Já o atual Papa “reforça o respeito ao ser humano e à dignidade”. “Não se trata de concordar com a orientação, mas se trata de ver a pessoa como ser humano, que não pode ser maltratado e marginalizado”, opinou.

A presidente da associação ainda afirmou que Francisco não se colocou contra ou a favor da orientação sexual dos fiéis. “Ele apenas disse que deve ser acolhido. Isso para nós é importante. Não esperávamos uma visão tão aberta quanto foi”, declarou.

“Não vai ser maltratando e usando o nome de Deus que vai resolver ou mudar sexualidade de alguém”, emendou. Para Cris, o papel de Francisco, como grande líder religioso, tem sido o de divulgar o respeito mútuo pelo ser humano.

Declaração – Durante conversa com jornalistas, o Santo Padre ainda declarou que “o Catecismo da Igreja Católica explica isso [homossexualidade] muito bem". "Ele diz que eles não devem ser marginalizados por causa disso, mas que devem ser integrados à sociedade."

"O problema não é ter essa orientação. Devemos ser irmãos”, afirmou Francisco sinalizando o respeito.

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