Denúncia à OAB diz que greve da UFMS não acabou por divergência política
De acordo com uma denúncia da Adufms (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), encaminhada a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a greve da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), iniciada no dia 21 de junho, ainda não terminou por conta de divergências e interesses políticos dentro do corpo docente e nos sindicatos envolvidos.
A informação é do presidente da entidade, professor Paulo Roberto Haidamus de Oliveira Bastos. Para ele, a negociação avançou com o Governo Federal, mas, as informações foram deturpadas por ‘radicais’, que estariam usando ilegalmente e indevidamente órgãos e o nome do sindicato em diversos meios de divulgação.
“Confundem a sociedade em nome de seus interesses anacrônicos e antidemocráticos”, disse o professor.
A Adufms garante que as negociações com o Governo Federal “alcançaram um bom termo”, apontando à suspensão da greve e retorno das atividades acadêmicas na Universidade. Em denúncia enviada à OAB/MS, a entidade ressalta que as atividades na UFMS já poderiam ter voltado ao normal.
A greve, iniciada em 21 de junho, teve como reivindicação por objetivo exigir do Governo Federal maior aporte de recursos financeiros à educação (10% do PIB), reestruturação da carreira do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e recomposição de perdas salariais promovidas pela inflação.
Segundo a Adufms, o Governo Federal negociou propostas e recuou em algumas ações que poderiam prejudicar os docentes.
Por causa da greve de professores e técnicos administrativos, que já dura mais de 60 dias, os estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) estão impedidos de efetuar matrículas para o segundo semestre de 2012.