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Cidades

Fetems pede reajuste de 43,7% no salário dos 20 mil professores

Lidiane Kober | 05/09/2013 17:45

Em reunião com o governador André Puccinelli (PMDB), a direção da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educadores de Mato Grosso do Sul) pediu, na tarde desta quinta-feira (5), reajuste de 43,7% do salário dos 20 mil professores da rede estadual de ensino. A entidade cobra o pagamento do piso nacional por 20 horas de atividades semanais.

Segundo o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli, hoje, o Governo do Estado paga cerca de R$ 2.180,00 por 40 horas semanais de aula. O piso nacional determina o repasse de R$ 1.567,00 por metade desta carga horária. Dessa forma, o Executivo precisaria aumentar em R$ 954,00 o salário para atingir o teto de R$ 3.134,00 por 40 horas semanais de atividade, um reajuste de 43,7%.

Botareli disse que a meta da categoria é atingir o piso nacional ainda este ano, mas sinalizou disposição dos professores em dialogar com o governo. “A gente não vai querer um troço que não tem como dar”, ponderou. “O ideal seria pagar em uma vez, mas estamos propensos em dividir o reajuste em dois ou três anos”, acrescentou.

Na reunião, segundo o presidente da Fetems, Puccinelli “não disse sim, nem não” à proposta. “Isso nos deixou otimistas, porque, quando não tem jeito, o governador diz logo de cara”, comentou. O combinado, no encontro, foi discutir com a equipe técnica do Executivo a viabilidade econômica da proposta, na segunda-feira (9), às 16 horas, na governadoria.

“Os técnicos vão nos apresentar o impacto da proposta de reajuste”, emendou Botareli. “Temos os nossos números e, com base neles, acreditamos ser possível acolher o aumento, dividindo-o em duas ou três vezes”, completou. O projeto de reajuste precisa chegar à Assembleia Legislativa até dezembro para ser aprovado ainda este ano.

Concurso - Ainda na reunião de hoje, o governador se comprometeu a lançar, ainda este mês, edital de concurso para o setor administrativo das escolas estaduais. Outra promessa é dar agilidade a publicação de promoção funcional aos profissionais com pelo menos cinco anos na mesma função. A gratificação é prevista em lei e varia de 5% a 6% do salário de cada educador.

Sobre a hora/atividade, Botareli informou que, a partir do próximo ano, a regra será cumprida em Mato Grosso do Sul. Hoje, os professores atuam em sala de aula 18 horas de 50 minutos, com direito a seis horas de atividade extracurricular. Em 2014, serão 16 horas de 50 minutos em sala de aula e oito horas também de 50 minutos fora da sala.

Também há a possibilidade de a hora aula passar de 50 minutos para 60. Neste caso, os professores ficariam 13 horas em sala de aula e 7 horas de 60 minutos em atividade extracurricular.

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