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Interior

Após execuções no Paraguai, PM manda tropa de elite para a fronteira

Paulo Yafusso | 20/06/2016 15:10
Ruas de Ponta Porã passaram a contar com a presença do Bope desde esta segunda-feira (Foto: Divulgação)
Ruas de Ponta Porã passaram a contar com a presença do Bope desde esta segunda-feira (Foto: Divulgação)

A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) reforçou a segurança em Ponta Porã e em outras regiões da fronteira com o Paraguai. Nesta segunda-feira (20), equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a tropa de elite da Polícia Militar, estão em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, na fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.

O DOF (Departamento de Operações de Fronteira) também está com equipe na região e, em caso de necessidade, poderá encaminhar reforço. O deslocamento da base, que fica em Dourados, até a fronteira com Pedro Juan Cabellero leva em média uma hora.

Segundo explicou o secretário adjunto da Sejusp, Carlos Videira, além do reforço no efetivo das unidades de segurança na região de Ponta Porã, está havendo troca de informações entre os serviços de inteligência de Mato Grosso do Sul com a segurança pública do Paraguai.

Embora não tenha ocorrido nenhum caso de violência em Ponta Porã como tem sido registrado na vizinha Pedro Juan Caballero, a PM (Polícia Militar) de Ponta Porã adotou medidas de precaução. O policiamento em motos, por exemplo, foi suspenso e o trabalho ostensivo vem sendo feito somente em viaturas.

O comandante da unidade, tenente-coronel Waldomiro Centurião Machado, explica que a PM, como unidade de segurança pública, tem que estar sempre atenta para se antecipar aos crimes. “A segurança não trabalha sob improviso, por isso fizemos um replanejamento dos nossos trabalhos, embora não exista nenhum perigo iminente”. Afirmou.

Já o comandante do Bope, coronel Wagner Ferreira da Silva, afirmou que desde hoje equipes estão em Ponta Porã, onde irão atuar em duas frentes. Uma é a preparação dos policiais militares da cidade para o enfrentamento às situações de risco, e outra é o suporte ao policiamento na região de fronteira. Além do setor de inteligência, que está atuando para monitorar atitudes suspeitas das organizações criminosas que atuam na fronteira.

O clima ficou tenso na região, do lado paraguaio, depois que o “Rei da fronteira”, Jorge Rafaat Toumani, foi executado em uma ação cinematográfica. Até uma metralhadora .50, que tem poder para derrubar até aviões, foi utilizada para matar Rafaat.

Como sempre fazia, na noite da última quarta-feira Rafaat seguia pelo mesmo trajeto e no mesmo horário, quando sofreu emboscada num cruzamento em Pedro Juan Caballero. Mesmo dirigindo uma caminhonete Hummer blindada, ele não escapou e morreu no local.

Cerca de 100 tiros foram disparados pelo brasileiro Sérgio Lima dos Santos, que operava a metralhadora instalada em um utilitário que foi apreendida. Santos também foi baleado e está internado sob escolta em hospital de Assunção.

Matéria atualizada ás 18h02 para acréscimo de informação

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