DOF apreende 87 mil pacotes de cigarro avaliados em R$ 4 milhões
Contrabando estava em duas carretas apreendidas no fim de semana em Dourados e Maracaju
Em duas apreensões no fim de semana, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) interceptou 87 mil pacotes de cigarro contrabandeado do Paraguai. Os carregamentos, que estavam em duas carretas, foram avaliados em R$ 4 milhões.
As ações foram feitas com apoio dos alunos do curso de especialização em policiamento de fronteira, realizado em Dourados há duas semanas.
De acordo com o DOF, a primeira apreensão ocorreu na madrugada de sexta-feira (28), na BR-463, perímetro urbano de Dourados. O motorista de um caminhão Baú com placa de Marialva (PR) não respeitou a ordem para parar na barreira e fugiu em direção a Ponta Porã.
Alguns quilômetros adiante, abandonou o veículo na estrada e correu para o mato. O caminhão transportava 750 caixas de cigarro, totalizando 37.500 pacotes do produto contrabandeado do Paraguai.
Mais cigarro – Na manhã de ontem (30), uma equipe do DOF e alunos do curso de policiamento de fronteira apreenderam 50 mil pacotes de cigarro contrabandeado em uma carreta Volvo com placa de Ribeirão Preto (SP).
A apreensão ocorreu na rodovia MS-462, região de Maracaju. A carreta-baú estava carregada com fardos e arroz, mas durante as buscas os policiais encontraram 1.000 caixas de cigarro.
O motorista da carreta, Paulo Sergio de Souza Amaral, 38, morador em Mato Grosso, disse que pegou a carga em Pedro Juan Caballero para levar até Campo Grande. ele receberia R$ 5 mil pelo serviço. A carga e o motorista foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal em Dourados.
Negócio milionário – De acordo com o DOF, a logística aplicada no contrabando de cigarro na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai é gigantesca e milionária, sendo responsável por vários segmentos associados ao crime, até que a carga chegue ao local de destino.
Devido à organização dos contrabandistas, a apreensão é considerada mais complexa em relação ao tráfico de drogas, uma vez que raramente as quadrilhas utilizam de veículos ilícitos, pessoas com histórico criminal e pessoas que desconheçam a região onde atuam.