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Interior

Investigado há 7 anos, falso veterinário é preso durante atendimento em sítio

CRMV descobriu em 2014 que Lucas Thiago de Lima Kusano usava documento de outro médico

Helio de Freitas, de Dourados | 02/02/2022 16:19
Sede da Polícia Civil em Dourados, para onde falso veterinário foi levado (Foto: Adilson Domingos)
Sede da Polícia Civil em Dourados, para onde falso veterinário foi levado (Foto: Adilson Domingos)

Falso médico veterinário que desde 2014 estava na mira do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) de Mato Grosso do Sul foi preso nesta quarta-feira (2) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Lucas Thiago de Lima Kusano, 34, foi flagrado durante atendimento em um sítio localizado na Linha do Barreirinho, entre os municípios de Dourados e Fátima do Sul. Ele fazia procedimento de toque retal em um equino quando fiscais do conselho e policiais civis chegaram à propriedade.

O falso veterinário foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil para ser autuado por falsidade ideológica e por exercício ilegal de profissão. Com ele foi encontrado documento de CRMV com seu nome, mas com número que pertence a outro profissional. No momento do flagrante no sítio, Lucas disse que não tinha o CRMV, mas o documento foi achado escondido na cueca dele.

Conforme o boletim de ocorrência, o setor de fiscalização do conselho recebeu a primeira denúncia contra Lucas Kusano em novembro de 2014.

Na época, ele solicitou exame em equino ao laboratório veterinário e assinou o documento com o CRMV 4131/MS. Entretanto, esse documento pertence de fato a outro médico veterinário. O caso foi registrado na Polícia Civil, em novembro de 2014.

Em janeiro deste ano, o Conselho Regional de Medicina Veterinária recebeu novas denúncias contra Lucas Kusano, dessa vez relatando que ele estaria atuando como plantonista em duas clínicas de Dourados.

Nesta quarta-feira, após informação de que ele faria atendimento na propriedade rural, os membros do conselho solicitaram apoio do SIG (Setor de Investigações Gerais) e foram até o local. Lucas fazia o procedimento em uma égua da propriedade. Uma médica veterinária também estava no local, mas ela alegou que apenas tinha dado carona ao falso colega porque Lucas estava sem carro.

O presidente do CRMV Thiago Leite Fraga acompanhou o trabalho da fiscalização e reforçou o pedido para que empresas e demais pessoas procurem o conselho em caso de dúvida sobre a procedência dos profissionais.

“As clínicas não sabiam que ele não é profissional. Por isso é importante, na hora de contratar o médico veterinário, solicitar a cédula do profissional e ligar no conselho para saber se esse profissional está regularizado”, afirmou Fraga. O falso médico veterinário deve ser liberado após assinar o chamado “termo circunstanciado de ocorrência”.

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