Por burocracia, caminhoneiros enfrentam dias de fila em postos fiscais
Na espera da liberação do veículo e da carga, caminhões têm enfrentado filas quilométricas até chegar nos postos fiscais do Estado. Um dos motivos, segundo os funcionários do local, é a escassez de fiscal e a nova regra do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviço) em Goiás, que tem contribuído na demora do atendimento.
Segundo a fiscal administrativa Senira Rodrigues da Silva, o valor da arrecadação varia de acordo com a mercadoria, e a nota, entre outros fatores. Ela explica que este cálculo é feito quando o caminhão entram no Estado e há apenas dois fiscais responsáveis por fazer esta conta.
“Esse procedimento demora mais de uma hora em média, mas há casos que as informações da nota não batem, ou o caso é complexo e o caminhão fica parado dias. É muito serviço para pouca gente. Ainda mais agora que é época de safra e houve mudança em algumas regras, até nos acostumarmos com a nova cobrança leva tempo”.
A mudança em que Senira se refere é o novo tributo nas operações de processamento e comercialização de soja e milho no Estado foi alterado por meio do decreto nº 8.548, de 29 de janeiro de 2016,e a partir desta data 70% da produção de soja e milho estão isentos do ICMS, já o excedente será taxado a 17% sobre a soja e 12% sobre o milho. Para as indústrias, estas ficam limitadas a exportar até 60% sem pagar impostos.
E a demora também acontece no sentido contrário, ou seja, quando o caminhão sai do Estado. “O procedimento de pesagem, verificação das notas demora cerca de 1 hora. Também há dois fiscais para realizar este serviço”.