Proposta da Eldorado é rejeitada e greve de 8 mil trabalhadores continua
Os 8 mil trabalhadores da Eldorado Brasil, em Três Lagoas, não aceitaram a proposta do comitê das empresas contratadas para a obra da fábrica e a greve deve continuar. Os funcionários estão parados desde o dia 25 de janeiro.
Hoje, às 7h, a proposta das empresas foi levada para os 8 mil trabalhadores durante assembléia no canteiro de obras da Eldorado. De acordo com o Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil, Imobiliário e Cerâmico de Três Lagoas), os trabalhadores rejeitaram a proposta e a negociação deve continuar ainda hoje.
Os representantes dos sindicatos trabalhistas, Força Sindical e Ministério do Trabalho ainda estão reunidos na Eldorado com os trabalhadores.
A proposta apresentada pelas empresas, ontem, durante reunião é de: aumento do vale-alimentação de R$50 para R$130 (o reivindicado pelos trabalhadores era de R$350), os cinco dias de paralisação não serão descontados e também não serão compensados por parte dos trabalhadores e nenhum funcionário será mais demitido.
A reivindicação inicial dos trabalhadores era de: vale-alimentação no valor de R$ 350; pagamento de hora in itinire; folga de campo para ficar três dias em suas residências com suas respectivas famílias; estabilidade de 90 dias; plano de saúde nacional e o pagamento dos dias de paralisação sem nenhum desconto em folha.
Os trabalhadores ainda acusam a Polícia Militar de abuso de autoridade e agressão, ocorrida na sexta-feira (27) durante mobilização dos funcionários dentro da fábrica.
Esta é a terceira vez que trabalhadores da construção da fábrica Eldorado Brasil entram em grave. A assessoria da fábrica de celulose esclareceu que os funcionários envolvidos na paralisação são de empresas terceirizadas contratadas para atuar na obra. A obra começou em meados de 2010.