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Cidades

Organizações indígenas defendem troca em comando da Sesai em MS

Caroline Maldonado | 01/12/2015 19:13
Na quarta-feira (25), indígenas protestaram contra troca de comando da Dsei (Foto: Divulgação)
Na quarta-feira (25), indígenas protestaram contra troca de comando da Dsei (Foto: Divulgação)

Após publicação da portaria do Ministério da Saúde, que suspendeu a nomeação de Lindomar Terena do cargo de coordenador distrital da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), em Mato Grosso do Sul, o Conselho do Povo Terena e o Conselho da Aty Guasu Guarani Kaiowá divulgaram nota conjunta, informando que o indígena representa a vontade das comunidades e foi uma indicação feita por elas ao ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Em agosto deste ano, Hilário da Silva foi exonerado da coordenação sob duras críticas de ingerência e uma substituta legal ficou em seu lugar. Com o anúncio da nomeação de Lindomar, houve protestos de lideranças indígenas na sede da secretaria em Campo Grande, na terça-feira (24). 

No entanto, os conselhos que representam os indígenas em Mato Grosso do Sul garantem que o gestor perdeu o apoio das comunidades, a partir do momento em que deixou de atender aos anseios das famílias e adotou um modelo de gestão autoritário ferindo princípios do direito dos povos indígenas. Os representantes querem que seja concretizada a nomeação de Lindomar. 

“Repudiamos qualquer tentativa de desqualificar esta conquista do movimento indígena, sob argumento de que tal indicação possui viés puramente político partidário”. A nota repudia declarações de indígenas de que o Conselho Terena e Conselho Aty Guassu foram extintos.

“Nossa organização existe de fato e de direito. De fato, porque é formada por todas as lideranças indígenas que estão na luta pela terra e de direito, porque estão defendendo judicialmente nossos direitos. Esta fala revela o total desconhecimento da luta das comunidades indígenas”.

Em nota, as organizações lembram que são organizações tradicionais legítimas representantes dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul e integrantes da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

Assinaram o documento, os caciques e lideranças indígenas da Aty Guasu Guarani Kaiowá; Conselho do Povo Terena; Terra Indígena Buriti, Terra Indígena Cachoeirinha, Terra Indígena Lalima, Terra Indígena Pilad Rebuá, Terra Indígena Nioaque, Terra Indígena Taunay-Ipegue, Terra Indígena Cachoeirinha, representante da juventude Terena, das mulheres Terena, dos acadêmicos, professores e rezadores indígenas, além de lideranças das aldeias urbanas.

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