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Cidades

PF faz buscas no HU, Hospital do Câncer e casa de Adalberto Siufi

Francisco Júnior | 19/03/2013 07:17
Policiais recolhem materiais na casa de médico, que é diretor-geral do HC e dono da Neoradio (Marcos Ermínio)
Policiais recolhem materiais na casa de médico, que é diretor-geral do HC e dono da Neoradio (Marcos Ermínio)

A Polícia Federal e a CGU (Controladoria Geral da União) cumprem na manhã desta terça-feira, 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens judiciais de afastamento de funções dos diretores no Hospital do Câncer, Hospital Universitário, residências, empresas que possuem contratos com o HU, escritório de contabilidade e empresas de propriedade do diretor do Hospital do Câncer, Adalberto Abrão Siufi, incluindo a casa dele.

As ordens de afastamento, expedidas pela 5ª Vara Federal de Campo Grande, são relativas a dois servidores do HU e a dois empregados de empresa terceirizada que atua no mesmo hospital.

São mais de 100 policiais federais e 15 servidores da Controladoria que participam da operação denominada “Sangue Frio”. O próximo passo da Polícia Federal será a análise do material apreendido com as buscas, inquirição de envolvidos, de testemunhas e de pessoas que espontaneamente se propuserem a testemunhar ou, mesmo que anonimamente, denunciar fatos relacionados.

A investigação da Polícia Federal, iniciada em março de 2012, apurou possível ocorrência de crime em relação ao fato do serviço médico de radioterapia estar há algum tempo sendo prestado a pacientes do SUS apenas pelo setor privado.

As diligências realizadas pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União revelaram a existência de um esquema envolvendo o hospital público e algumas empresas com a finalidade de direcionar licitações e contratações, superfaturar serviços e pagar propinas.

Em relação ao hospital filantrópico, mantido em grande parte por recursos públicos, dentre outros fatos, as investigações apuram os altos valores dos pagamentos realizados a empresas ligadas à própria diretoria do hospital.

A investigação também contou com elementos colhidos pelo Ministério Público Federal, instaurado para acompanhar o processo de reativação e normalização dos serviços de oncologia e radioterapia de hospital público em Campo Grande e também com elementos colhidos pelo Ministério Público Estadual, instaurado para apurar possíveis irregularidades no Hospital do Câncer.

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