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Em Pauta

A era do grande marketing político acabou

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/06/2016 08:23
A era do grande marketing político acabou

Alguns candidatos tentam construir uma imagem de novidade, mudando inclusive de partido, mas já têm uma história no sistema político. Dificilmente o eleitor deixará de perceber o engodo. Construir-se como novidade, é quase certo que não será suficiente para ganhar as eleições. É preciso encontrar o discurso que atraia o eleitor. As pesquisas qualitativas mostram que eles querem três condições: serviços públicos de qualidade, sinceridade e capacidade de mostrar que têm poder de realização.

Tudo isso será essencial, mas não se deve esquecer a máxima eleitoral brasileira: a maioria dos eleitores é formada pelas classes C, D e E. Sem conquistá-los, ninguém se elege prefeito. Esse eleitorado é o que mais está sendo atingido pela crise e, por isso, são os mais dependentes das boas administrações públicas. Mesmo com tantos políticos querendo se apresentar como novidade contra o "sistema carcomido" e com tanta gente na classe média reclamando por renovação, não está claro que foram dados os primeiros passos para mudanças drásticas. Principalmente porque o impeachment de Dilma e a Lava Jato continuam ocupando o centro das atenções, retirando o debate das necessidades municipais do primeiro plano. As eleições municipais ainda estão esquecidas.

De todo modo, uma coisa obrigará os políticos a serem mais criativos: a mudança nas regras de financiamento de campanha os conduzirão a um enorme caixa 2. E contabilidade fajuta de campanha fica transparente com marketing político grandioso. Ele é, obrigatoriamente, caro, muito caro. O primeiro sintoma de caixa 2 estará na televisão, nu e explicito. Bastará aos fiscais tirarem uma média das contabilidades de campanha anteriores para obterem os indícios de caixa 2.

A era do grande marketing político acabou

O calote dos governadores e o Renan da Dilma.

O Palácio do Planalto envolto em uma crise histórica, sem dinheiro nem para sua própria saúde, resolveu a vida dos governadores. Todos ficaram contentes. Sem a corda no pescoço, os governadores podem se dedicar com mais energia às eleições municipais que é o que lhes interessa. Para Temer, a vitória se deu com a sedimentação e limpeza da pista que leva ao afastamento definitivo de Dilma.

A equipe econômica de Temer também não reclamou. Livrou-se de um calote que havia sido tratado anteriormente por alguns representantes de governos estaduais e iniciado pelo "Matusalém" do Rio de Janeiro. Mas há outras "vitórias" para Temer. Os governadores do PT não compareceram à reunião, mas enviaram seus vices. Governador petista não consegue ficar distante do cofre. O do Maranhão, Flávio Dino, aquele que mais fundo caminhou na tese do golpe, ocupou papel de destaque na hora da foto, papagaio de pirata juramentado, disse amém às decisões do governo Temer.

Vale lembrar que Dino do Maranhão e Ciro Gomes do Ceará pensaram em reeditar a Rede da Legalidade, aquela convocada por Brizola contra os avanços dos tanques que depuseram o presidente João Goulart. O outro derrotado foi Renan. No dia anterior ao anúncio do acordo com os governadores, Renan não o admitia. Queria que essa decisão fosse tomada após o impeachment definitivo e proclamava em alto e bom som: "Sou Dilma".

A era do grande marketing político acabou

Compra de carro novo. Consórcio ou financiamento convencional?

Tempos de crise econômica. Os consórcios voltaram com força. Vale a pena comprar um carro pelo consórcio ou é melhor o financiamento convencional? Há prós e contras. Se não estiver com urgência de receber o carro, é bem provável que tenha feito um bom negócio ao aderir a um consórcio. Caso contrário, corra os bancos à procura de um financiamento convencional.

Quando foi criado, na década de 1960, o único objetivo de um consórcio era a aquisição de um carro zero quilômetro. Hoje, a carta de crédito do consórcio dá direito a qualquer bem móvel ou imóvel - carro, casa, apartamento, caminhão, moto, lancha...até dentadura. O consórcio só é vantajoso, em termos financeiros, se o consorciado for contemplado até a metade da duração do grupo. A outra metade sai perdendo. Não caia no engodo de que consórcio não cobra juros bancários. Mas cobra uma "taxa de administração" que varia de 10% a 20% do valor da carta de crédito.

Há outro problema ainda mais grave - não se esqueçam que muitas empresas trabalham no setor de consórcio sem registro e nem autorização do governo. Corre-se o risco de elas fecharem as portas e sumirem com o dinheiro do consorciado. Verifiquem a idoneidade na Associação das Administradoras (Abac) e no Banco Central, antes de assinar o contrato. Lembrem-se que as prestações dos consórcios não são fixas, aumentam de acordo com os reajustes das tabelas das fábricas.

A era do grande marketing político acabou

Carros usados. Os cuidados obrigatórios na hora de comprar.

O mercado de automóveis foi deslocado para os carros de segunda mão. Há alguns cuidados obrigatórios que o comprador deve tomar antes de fechar negócio. Especialistas avisam que o motor do carro "fala", avisa que algo não vai bem. No mínimo deve ser observada a cor da fumaça que sai pelo escapamento. Se estiver exagerada e muito escura, é sinal de desregulagem na mistura.

O inverso, fumaça muito clara, pior ainda, é sinal de que tem óleo sendo queimado junto com combustível. No segundo caso nem precisa ligar o motor, a ponteira do escapamento fica preta e oleosa. Aliás, a corte certa da fumaça que sai do escapamento é somente cinza claro - vale para qualquer carro.
Observe também ondulações na pintura do carro. Sinalizam que o carro passou por algum acidente, ainda que seja uma mera "raspada". Com o capô aberto é possível observar marcas de solda posteriores à fabricação do carro, outro sinal de que ali já ocorreu uma batida. Com o porta-malas aberto é possível perceber se a parte traseira da carroceria foi abalroada por algum apressadinho.

Um problema grave estrutural é possível ser descoberto até por quem nada entende de automóveis. Basta observar como os pneus dianteiros estão se desgastando. A banda de rodagem deve ter uma aparência regular e não apresentar "escamas", sinais de irregularidade da suspensão dianteira ou da carroceria toda. Outra observação que deve ser feita é o pneu que "come de lado" - banda com sulcos de um lado e careca de outro. Nesses casos, é obrigatório passar em uma boa oficina de alinhamento. Se esse alinhamento for impossível, é sinal de que o carro tenha sofrido um forte impacto na dianteira com uma distorção no monobloco quase impossível de ser reparada.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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