Leitores reclamam da falta de médico e lotação em unidades de saúde
Campo Grande News recebeu somente nesta sexta-feira reclamações de atendimento em três unidades com o mesmo problema
A falta de médicos e demora no atendimento das unidades de saúde pública ainda é reclamação constante de leitores. Na manhã desta sexta-feira (19), por exemplo, o Campo Grande News recebeu relatos de pacientes de que não havia médicos na CRS (Centro Regional De Saúde) Dr. Waldeck Fletner de Castro Maia, no Coophavila II, em Campo Grande.
Gestante de 8 meses identificada somente pelo nome de Kamila, de 27 anos, procurou atendimento na unidade bem cedo, mas, até às 9h30 não havia sido atendida. De acordo com a gestante, a escala médica mostrava que dois médicos deveriam esta no local, porém, a equipe de enfermagem afirmou que não tinha nenhum profissional e nem previsão de chegada.
“Está lotado de pacientes aqui e não tem nenhum médico para nos atender, estou aqui desde às 7h e até agora nada, tem muita gente indo embora e eu vou ter que acabar indo também, por que eles não vão atender” lamenta.
Kamila relata ainda que procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon que, segundo ela, ao chegar à unidade não tinha começado atendimento e também estava lotado. “Nossa situação está feia, tem gente em pé aqui e agora 10h, o médico acabou de chegar” conclui.
O vigilante Edivandro Lescano, de 27 anos, passou pela mesma situação na UPA do Vila Almeida. De acordo com Edivandro, apenas um médico estava atendendo, sendo que na escala mostrava quatro médicos de plantão.
“A escala mostra uma coisa mas, na verdade é outra, só um médico que está atendendo e ainda por cima, está atendendo um e demora mais de 20 minutos para a tender o próximo, já esta lotado, pessoas passando mal e o médico ainda veio aqui e foi super estúpido com a gente”, reclama.
Em nota, a Sesau esclareceu que as reclamações ocorrem por conta da grande demanda de pacientes que, consequentemente, acaba sobrecarregando as unidades e resultando em um tempo prolongado para atendimento. Sobre a falta de médicos, ele afirma que os profissionais se revezam no atendimento dos casos de urgência, reavaliação e atendimento geral.
A Sesau afirma ainda, que já estão organizando o processo de trabalho dos profissionais para evitar casos como este, uma solução que tem sido tomado é convocar quase que semanalmente novos profissionais para reforçar o atendimento.
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