Campo Grande tem a 5ª cesta básica mais barata entre as capitais
Campo Grande tem a 5ª cesta básica mais barata entre as 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em dezembro, para comprar os 13 alimentos básicos que compõem a cesta individual foi preciso desembolsar R$ 242,94. Considerando a cesta básica familiar, para quatro pessoas, o valor pesquisado pelo Dieese chegou em dezembro a R$ 728,82 durante o mês de dezembro.
É um monte superior ao salário mínimo, de R$ 622,00. O Dieese, que divulgou pela primeira vez o valor da cesta básica em Campo Grande, afirma que o salário mínimo necessário, para dar conta do que prevê a Constituição, teria de ser de R$ 2.561,47. Esse valor, conforme a pesquisa, seria suficiente para suprir as necessidades básicas do trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O valor de R$ 242,94 para os alimentos básicos para uma pessoa registrou alta de 1,53% em relação a novembro, mês que ocorreu a primeira coleta de preços.
O resultado do primeiro levantamento em Campo Grande foi apresentado hoje pelo escritório regional da entidade.
Esta e outras pesquisas servirão de subsidio para a negociação salarial entre trabalhadores e patrões na Capital e Mato Grosso do Sul.
A supervisora técnica do departamento, Andréia Ferreira, confirmou que a intenção do Departamento é subsidiar os sindicatos associados com dados e estatísticas necessários para as negociações salariais com a classe patronal.
Segundo o vice-presidente do SECCG (Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande), Nelson Benitez, a chegada do Departamento ao Estado vai ajudar na elaboração de informações fundamentais para as negociações salariais com o patronato.
“Nossas negociações para o fechamento de convenções coletivas de trabalho terão maior embasamento, com dados reais da realidade econômica de nossa cidade e do Estado, para que tenhamos mais força e alicerce na hora de negociar com a classe patronal”, afirmou.