Festival leva a arte dos contadores de histórias para a periferia
Contos, histórias, lendas, mitos, folclore... Tudo o que couber uma narração entra na brincadeira. Mas é uma brincadeira séria, para adultos e crianças. E o mais bacana é que a ideia veio das salas de teatros e chegou à periferia de Campo Grande.
Nesta semana, de 6 a 9 de março, acontece o 1º Festival de Contação de História, na Mata do Jacinto, região norte da Capital. O local de encontro para quem quer contar ou ouvir as narrativas é a sede do Ponto de Cultura Curumins da Mata, na rua Miguel Seba , 173.
Os quatro dias de atividades lúdicas prometem reunir artistas, educadores, pais e crianças, que são o público alvo do projeto. Qual é o pequeno que não deixa a imaginação ganhar asas ao ouvir uma boa história? E ai está o X da questão. Um dos objetivos do Festival é aprimorar a forma repassar os contos.
“Queremos mostrar os valores da nossa terra, da arte de contar história e outros segmentos de cultura”, explica a coordenadora do projeto, Conceição Leite. Ela também antecipa que o foco do festival será os educadores infantis.
A programação começa de manhã, com oficinas, palestras, mesas redondas e visitas às escolas municipais e aos Ceinf’s (Centro de Educação Infantil). À noite, o Festival fecha com as contações de histórias.
O projeto atinge quatro escolas municipais e seis Ceinf’s. “A gente pretende trabalhar com os bairros próximos, expandir a arte”, comenta Conceição. Ela explica que o projeto irá abranger bairros como Campo Verde, Estrela Dalva, Novos Estados, Novo Minas Gerais, Jardim Arco-Íris, Nossa Senhora Aparecida, entre outros.
Para as oficinas, o evento conta com a participação do ator Augusto Pessoa, do Rio de Janeiro, e da musicista Beatriz Myrrha, de Minas Gerais.
“Contar e ouvir é uma necessidade humana. A gente só vai estimular a busca individual de cada contador contar sua história”
No sábado (9), o Festival muda de endereço, vai da periferia para uma das ruas mais “caras” de Campo grande. O encerramento do evento será na livraria Leparole, na rua Euclides da Cunha, 1126.
Quem quiser participar do Festival é só ir, encontrar um lugar confortável e abrir os ouvidos, a mente e o coração para aproveitar as histórias. É de graça. As vagas das oficinas eram limitadas e já foram preenchidas.