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Comportamento

Campeões em nomes criativos, pet shops têm justificativas engraçadas

Elverson Cardozo | 09/07/2014 06:47
Pet shop Ki-Late, no Carandá Bosque. (Foto: Marcelo Victor)
Pet shop Ki-Late, no Carandá Bosque. (Foto: Marcelo Victor)

Encontrar um pet shop em Campo Grande não é tarefa difícil. Por todo canto, do centro às áreas mais afastadas, existe um aberto. Poucos, no entanto, oferecem serviços diferentes, que fogem do convencional. O que chama a atenção mesmo são os nomes, um mais criativo que o outro.

A busca por uma marca diferente, que chame a atenção e desperte a curiosidade do cliente, exige originalidade e, nessa hora, sobra inspiração. Há 5 anos, quando foi abrir seu pet shop no bairro Carandá Bosque, o veterinário Bruno Ozório Araujo, de 31 anos, queria algo “leve”, bem humorado, mas não conseguia pensar em nada, até que o antigo sócio sugeriu “Ki-Late”.

“Até cogitamos algo mais sério, mais imponente, mas não saiu”. O nome engraçadinho caiu na graça da dupla e hoje estampa a fachada do estabelecimento que fica na Rua Vitório Zeolla. A palavra, em uma primeira leitura, dispensa explicação porque faz referência ao latido do cachorro, mas não é só isso, explica o dono.

“Ki-late lembra uma joia preciosa e o animal é uma coisa preciosa”, diz, citando o quilates, unidade de peso para pedras preciosas.

Em dois endereços da Vila Bandeiras, o cliente encontra o Cãosultório. A empresa pertence ao veterinário Marcos Paulo Ferreira da Silva. Foi ele quem escolheu o nome, conta a sócia-proprietária Valdete Ferreira de Souza, de 60 anos. “Usamos a criatividade. Tivemos várias ideias e quando ele chegou com essa todo mundo gostou”, lembra.

A marca, garante, foi patenteada para evitar qualquer utilização indevida, mas o cuidado, pelo jeito, não eliminou o problema. “Tem outros lugares que estão usando nossa ideia. Sei que tem no Estado de São Paulo e no Paraná”, reclama.

Na Vila Planalto, a proprietária da clínica veterinária “Au-q-mia”, na rua Santos Dumont, nem se preocupou em registrar a marca, tanto é que, em uma pesquisa rápida na internet, é possível encontrar outros estabelecimentos batizados assim.

Au-q-mia, na Vila Planalto. (Foto: Divulgação)
Au-q-mia, na Vila Planalto. (Foto: Divulgação)

O nome, divido com tracinhos, além de diferente é intuitivo. Lembra gato e cachorro, mas a explicação da proprietária, Rianez Cláudia Gonçalves Bandeira de Melo, de 54 anos, também foge do convencional.

“O cão e o gato é uma alquimia. Alquimia é a transformação do metal em outro, do que não é bom em bom. É o cão o gato que chegam sujos e ficam bonitos, que entram doentes e saem bons”.

O nome existe há 16 anos. Hoje é reconhecido, mas, no início, muita gente tentava entender a junção das palavras. A compreensão ficava ainda mais prejudicada porque o “A” era o desenho de um cachorro e o “M” era, na verdade, as patas de um gato inserido na logo. “Ninguém entendia. Tivemos que refazer tudo”, conta.

Enquanto alguns exercitam a criatividade pensando em algo diferente, outros fazem questão de por o próprio sobrenome na fachada, mesmo quando ele não tem qualquer relação com o negócio. Um exemplo é o Pavão Petshop, no bairro Nova Bandeirantes.

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