Com o calor infernal nesta cidade, como você vai dormir hoje à noite?
Que calor é esse? Em Campo Grande ficou fácil registrar 40°, com sensação térmica de 45°. E um dos momentos mais complicados é durante a noite, quando o clima ameaça o sono. Por isso, o Lado B abre espaço para o campo-grandense gente boa que quiser compartilhar experiências, já que nessa hora, quem não tem ar condicionado precisa apelar para a criatividade. De garrafa pet de gelo a tira colo, a toalha molhada na cama, todo mundo se vira e até cachorro vira peça chave no combate ao calor.
Tem gente que coloca gelo dentro do umidificador de ar para o vapor sair mais geladinho, outros chegam a usar garrafas de água congelada junto ao travesseiro para não suar a noite toda.
Na casa do senhor Arlindo Lima, de 80 anos, a solução para amenizar o sufoco dos últimos dias foi abandonar o quarto e ir para a sala, que é mais ventilada, manter as duas janelas abertas e, inclusive, a porta. Depois, é só deitar no chão, só com um lençol mesmo no piso, ligar os dois ventiladores da casa e deitar ainda molhado do banho. O ritual todo ajuda na hora de esperar o sono chegar.
Sem camisa, bem a vontade, o aposentado conta que ele e a esposa, Maria de Lara, de 72 anos, ficam na frente de casa até a hora do sono. “Com o calor é difícil ficar lá dentro”, comenta.
Na família de Laércio Cardoso também é assim. As irmãs dormem na sala com um ventilador e ele vai para o quintal com um colchonete, desses de academia, revestido de lona. “O cachorro cuida da casa e eu durmo para fora mesmo que é mais fresco. Tomo banho e já deito”, comenta. O cão serve de segurança e, por isso, vira uma peça fundamental nesse esquema que pode ser adaptado à varanda.
Perto dali, a senhora Pedrosa Souza, de 76 anos, tem medo de deixar as janelas abertas, mas todo dia antes de dormir, ela forra a cama com toalhas bem molhadas e deita para aguentar o calor. “É muito difícil, mas como diz o ditado, quem não tem cão, caça com gato”, brinca.
Na casa da dona Ianira Seratti, de 55 anos, o calor dá um trabalhão. É comum ela e o marido levantarem até duas vezes durante a noite para tomar outro banho. Além disso os dois deixam uma garrafa com gelo para tomar ao longo da noite do lado da cama e um balde com água fria no quarto.
Já para Alex Rocha, de 26 anos, a situação é um pouco mais complicada. Com a casa apertada, um ventilador e um filho de seis meses que toma conta do vento, na hora do sono o jeito é apelar para o cansaço. “Geralmente eu chego tarde do trabalho, umas 23h, ai tomo banho e durmo fácil com o cansaço. Mas o dia que chego mais cedo, a gente tem que sair, tomar um tereré na rua até o sono vir, porque ai fica difícil”, explica.
Se você tiver alguma dica para ajudar a esfriar a noite, mande um comentário!