Noiva entra pedalando em casamento e ao invés de jogar buquê, sorteia bicicleta
De bibicleta vintage verde, vestido branco e buquê, a noiva entrou pelas portas do Parque do Sóter para dizer "sim" no altar. Numa tarde de segunda-feira, o casal conhecido pelo grupo de pedal "Sopa de Pedra", Elijane e Nilson trocaram alianças perante 100 convidados entre amigos e familiares, onde prometeram pedalar juntos para sempre.
O casamento que completou bodas de papel foi na varanda da administração do parque, ao invés do verde do gramado. No dia, até a chuva quis se fazer presente e eles tiveram de readequar a cerimônia, mas nem assim a sutileza dos detalhes se perdeu.
Marcado para às 4h da tarde, Nilson Young recebeu os convidados e depois, para já preparar o clima, deu uma volta de bicicleta em direção ao altar. A noiva, Elijane Coelho, adentrou o parque sobre as duas rodas, na companhia dos dois sobrinhos mais velhos como pajem e dama. "Deixei a bicicleta na varanda e entrei de braços com a minha mãe", descreve.
Os padrinhos já aguardavam no altar para a cerimônia que foi realizada dentro dos ensinamentos "Seicho no ie". A noiva usava alpargata e o noivo AllStar.
Feito pela mãe da noiva, o vestido era curto, mas a delicadeza do branco fazia referência a um de casamento. "Nunca pensei em vestido convencional, longo e tal... Achei o noivo perfeito para o tipo de casamento que eu sonhava", comenta Elijane.
Também ciclista, a decoração e o buffet ficaram a cargo da chef de cozinha, entre outras profissões, Aline Stochi, de 25 anos.
"Foi o primeiro casamento que fez, não foi difícil para eu decorar, porque sou ciclista e artista plástica, então fui unindo tudo o que via que ia ficar legal", explica Aline.
Cada detalhe das plaquinhas indicando o local do casamento ou mesmo o "pedalarão felizes para sempre", saíram das mãos dela. "Usei muito cor e como foi no parque, procurei usar madeira reciclada, flores, algo meio campestre, que remetesse ao ciclismo", completa.
O bolo era um 'naked cake' que tinha como bonequinhos, claro, noivos de bicicleta feitos de arame, comprados pela noiva na Praça Ari Coelho de hippies. "Colocamos um varal com fotos das nossas aventuras, que todo mundo podia levar e levou. Ficaram umas duas só", conta a noiva.
Encerrada a cerimônia, eles saíram ao som da música "Completo", da cantora Ivete Sangalo para fazer as fotos junto ao bolo, cumprimentar e servir as comidinhas aos convidados. O buffet tinha salgadinhos, suco e água. "E depois da chuva, veio aquele dia lindo que abre, sabe? Ficou perfeito", recorda Elijane.
A escolha por se casar em plena segunda-feira veio como sugestão da admistração do próprio parque. Isso porque o Sóter não abre para funcionamento deste dia. Para conseguir realizar a cerimônia lá, o primeiro passo foi pedir autorização na Funesp (Fundação Municipal de Esporte) e em contrapartida auxiliar com produtos de limpeza para o pós festa.
Ao invés de jogar o buquê, a noiva sorteou uma bicicleta. Outra surpresa que até era esperada pelos convidados que sabiam que o casamento fugia do tradicional. "Eu preparei um folhetinho que tinha uma oração sobre encontrar a metade da alma e nela tinha um número de três dígitos, na bicicleta estava o cadeado. Fiz uma fila e cada uma das meninas pegou um papelzinho que tinha a senha para abrir o cadeado", descreve Elijane.
Os comentários dos convidados eram só elogios sobre a 'atmosfera' do casamento. "Ficou de fato a nossa cara, ficou bem, tinha o nosso sentimento em todos os detalhes", finaliza Elijane.