Michel traz namorada para Campo Grande e reencontra amigos do Tradição
O abraço emocionado nos ex-companheiros do grupo Tradição, Arapiraka e Pekóis, foi só uma das provas de que Michel Teló é realmente um cara gente boa.
Com os amigos que fizeram o músico experimentar pela primeira vez o sucesso nacional, a conversa foi curta, por conta da pressão dos produtores pela pontualidade no show que começará logo mais no Parque das Nações Indígenas. Mas deu para perguntar da vida, convidar para o bakstage e combinar uma “prosa”, na definição de Teló, para os próximos dias, aqui mesmo na cidade.
O rápido bate-papo ocorreu depois da entrevista coletiva no hotel Grand Park, onde Michel está desde a madrugada de hoje, ao lado da namorada, Thais Fersoza. Como a noite é especial, ele trouxe a atriz da Record para conhecer a terrinha.
Antes das perguntas dos jornalistas, o astro nascido em Medianeira (PR), recebeu o título de cidadão sul-mato-grossense, sob o sorriso abertíssimo do pai, Aldo Teló. “Viemos para cá quando o Michel tinha 2 anos, porque a gente sabia que era uma terra de oportunidades. A gente só conhecia a família Locatelli. Então, não dá para não ficar feliz. É muito especial ver ele voltar assim”, comenta.
Mesmo com ar aparentemente cansado, em cada resposta sobre Campo Grande, Michel faz questão de enfatizar o carinho pela cidade, “que sempre me acolheu e me incentivou a ser o que eu sou”, justifica.
Em cada lugar por onde passa, o músico garante fazer propaganda de Mato Grosso do Sul. “Tenho alegria de falar que fui criado em Mato Grosso do Sul...Quando chego no aeroporto, me impressiono com tudo o que aconteceu desde a última vinda”.
Hoje pela manhã, a reunião em família na casa de um tio teve direito a missa, um momento valorizado pelo artista que agora mora em São Paulo, mas passa a maior parte do tempo entre aeroportos. A saudade de casa só não é maior porque os irmãos, cunhadas e sobrinhos, acompanharam Michel, só os pais continuam aqui.
Mas alguns lugares da cidade ainda surgem na lembrança durante os shows pelo mundo. “Eu estava em um coliseu de 2 mil anos e vieram lembranças muito fortes daqui. Do Colégio Dom Bosco , onde eu estudei. ..Quando volto, gosto de passear de madrugada pela Afonso Pena, ir até o Parque das Nações Indígenas”.
O rapaz que começou o sucesso internacional com “Ai se eu te pego”, diz que a próxima música a tirar da manga será romântica, bem diferente dos hits que fazem multidões repetirem chicletinhos como a novidade “Bará, berê”. Outro projeto anunciado é o lançamento de um documentário sobre as andanças do músico pelo mundo.
Reconhecido pelo talento como instrumentista, o guri que aos 12 anos já tocava em bailes em Campo Grande garante que nunca teve dúvidas sobre o caminho bem mais comercial que resolveu seguir. "Sempre pensei que grupo bom de baile era o que colocava todo mundo para dançar e que faz as pessoas se divertirem. É isso que eu faço e também estou me divertindo junto”.
Em defesa das letras de valor duvidoso, ele evoca Roberto Carlos e a simplicidade das composições do rei. “Ele disse recentemente que não importa se as letras são simples ou complexas. Minhas músicas não são monossilábicas. Elas contam histórias simples, mas que o mundo inteiro canta”.
Ontem, durante show em Teresópolis, Michel perdeu a cruz de uma corrente que carregava no pescoço há anos. Mas a perda do que poderia ser entendido como um talismã não abalou em nada a segurança sobre o que faz. “Eu acredito em Deus”, resume.
Michel diz que pensa em voltar para Campo Grande no futuro, "quem sabe" e conta que tem saudades de uma “boa pescaria no Rio Aquidauana”.