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No ano de 1994 a japonesa Bandai voltou ao mercado de videogames com o Playdia

Edson Godoy | 14/05/2015 06:45
No ano de 1994 a japonesa Bandai voltou ao mercado de videogames com o Playdia

No capítulo anterior do especial “História dos Videogames” falamos sobre o Atari Jaguar, o polêmico último console fabricado pela Atari em sua tentativa de retomar a liderança do mercado, em 1993. A partir do ano seguinte, a guerra na quinta geração dos videogames ficaria ainda mais acirrada, com os lançamentos da SEGA (Saturn) e da Sony (Playstation).

Querendo um lugar ao sol a Bandai, empresa especializada na fabricação de brinquedos e animes, que estava ausente do mercado de consoles desde a década de 80 – época em que produziu alguns clones de pongs e outros consoles da época (apesar de ainda produzir jogos e acessórios, em especial para o NES), resolve lançar um console diferente.

O Bandai Playdia foi então lançado em 1994 apenas no Japão e tinha como proposta atingir um público mais jovem, trazendo jogos totalmente em Full-Motion Video (FMV), que são aqueles jogos com vídeos/desenhos digitalizados, onde a jogabilidade e a interatividade do gamer é bastante reduzida.

Além disso, o console traria também jogos educativos e muitos games com temas baseados em famosos animes japoneses, como Gundam e Dragon BallZ. Para tanto, o console utilizava um processador central de 8bit (sim... quinta geração com 8bit!) o que é impressionante dada a qualidade apresentada nos vídeos.

Uma inovação do console era a utilização de um controle sem fio a base de infravermelho (semelhante aos controles de TV), que aliás funcionava muito bem, praticamente sem falhas. Diante da proposta do console, era possível apenas jogar com um controle, não existindo jogo com possibilidade de dois jogadores simultaneamente. O console parece ser bem divertido né? (risos).

Pois é... Essa mesma impressão que o leitor está tendo, os jogadores japoneses da época também tiveram, pois quem em sã consciência trocaria os ótimos jogos de Mega Drive e Super Famicom da época para se aventurar em jogos com pouquíssima interatividade?

Para piorar ainda mais o cenário, nenhuma softhouse se interessou pelo projeto e apenas a Bandai publicou jogos para o aparelho e não foram muitos. O console ficou no mercado de setembro de 1994 até meados de 1996, e teve aproximadamente 35 jogos lançados, dentre eles, vários jogos educativos e jogos de perguntas e respostas (confira nos vídeos abaixo alguns jogos do Playdia).

A indústria, com toda razão, acabou considerando o aparelho muito mais um brinquedo do que um videogame e nem mesmo o seu nicho de mercado aceitou bem o produto. Mas a Bandai ainda não desistiria do mercado de consoles e pouco depois juntaria forças com uma gigante dos eletrônicos (a Apple) para lançarem juntas um novo videogame. Mas isso é história para alguns capítulos adiante.

Chegamos aqui ao fim de mais um capítulo de nossa viagem no tempo pelo mundo dos videogames. Nos vemos novamente daqui algumas semanas, quando falaremos do famigerado 32X, acessório que transformava o Mega Drive em um console de 32bit.

A coluna de games do Lado B tem o apoio da loja Retro Gamers. Visite também o meu site, o Vídeo Game Data Base.

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