No final de 1994 a japonesa NEC lança o PC-FX, sucessor do PC Engine
No capítulo anterior falamos sobre o Sony Playstation, console que revolucionou o mercado e que colocou a Sony no protagonismo do mercado de videogames. Essa busca pelo protagonismo também era o objetivo da empresa japonesa NEC. Na década de oitenta ela criou o bem-sucedido PC Engine (conhecido como Turbografx-16 no ocidente), console que fez bastante sucesso no Japão, vendendo mais até que o Mega Drive. Então em 1994 a NEC decide lançar um sucessor de seu console. Nascia então no Japão em dezembro de 94 o PC-FX.
O console trazia um processador de 32bit e uma arquitetura criada pela própria NEC, voltado principalmente para a produção de gráficos 2D e reprodução de vídeos em FMV – Full-Motion Vídeo, tecnologia que foi muito usada em consoles como Sega CD e 3DO. O PC-FX é conhecido por ser o melhor console para a reprodução de vídeos em FMV. Isso seria um grande feito se o console tivesse sido lançado dois anos antes. Mas em dezembro de 94 já estavam disponíveis no mercado japonês os consoles SEGA Saturn e Sony Playstation. Ambos traziam como principal propaganda os gráficos 3D com forte uso de polígonos, algo que o PC-FX não era capaz de fazer.
Para piorar ainda mais, além da limitação do hardware, o console era mais caro que seus concorrentes. Quem em sã consciência investiria em um console assim? Mas não tinha nada que salvava no console? Olha, para ser sincero, para o público ocidental, não. Como o console não foi bem no mercado, seu lançamento se resumiu apenas ao Japão e boa parte de sua biblioteca é composta por games no estilo RPG ou Adventure, onde o entendimento da língua é obrigatório. Isso causa até um desânimo por parte de colecionadores deste lado do globo, que acabam não tendo tanto estímulo para colecionar o PC-FX.
Outra característica diferente do console é o seu design. A NEC criou o PC-FX com um conceito parecido com o dos microcomputadores, e para isso deixou o design do aparelho em formato de torre, como um PC mesmo, e adicionou 3 entradas para expansão, para que o console pudesse ser melhorado através de upgrades. Com o fracasso do console, poucas expansões foram produzidas para ele: um memory card e um kit de desenvolvimento de jogos foram os principais.
O console usa mídia em CD-Rom, com um drive de duas velocidades, semelhante aos concorrentes da época. Foram lançados para ele pouco mais de 60 jogos e pouco mais de 100 mil unidades foram vendidas, até o console parar de ser vendido, em 1998. Depois disso a NEC deixou o mercado de consoles para sempre.
Confira abaixo alguns vídeos mostrando jogos lançados para o PC-FX e fique ligado em nossa coluna, pois no próximo capítulo falaremos sobre outro console super obscuro: o Apple Bandai Pippin.
A coluna de games do Lado B tem o apoio do evento Revolution 2015, que acontece no Clube Okinawa, aqui em nossa Capital, nos dias 08 e 09 de agosto. Para maiores informações, visitem o site do evento. Visite também o meu site, o Vídeo Game Data Base.