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Games

Revistas antigas de videogame viram febre entre os colecionadores

Edson Godoy | 19/04/2016 12:00
Rafael Marques é colecionador de revistas de games.
Rafael Marques é colecionador de revistas de games.

Nas décadas de 80 e 90 as revistas eram as únicas formas dos gamers se manterem informados sobre as novidades do mercado. Inicialmente com revistas dedicadas a microcomputadores, que além de mostrar novos jogos ainda ensinavam a programar games e aplicativos simples, logo começaram a surgir as revistas especializadas em videogames: Videogame, Ação Games, Super Gamepower e tantas outras, faziam a festa da garotada e tornaram-se leitura obrigatória para todo aficionado por games durante um bom tempoAté chegar a era da internet.

Com a facilidade de obtenção das informações através da rede mundial de computadores, que chegavam em uma velocidade muito mais rápida que nas revistas, aos poucos as publicações impressas foram perdendo força. Uma a uma as grandes revistas do gênero foram sucumbindo a esse novo fenômeno. Hoje ainda encontramos revistas dedicadas aos jogos modernos, porém é nítido que elas deixaram o papel de protagonista em informar o jogador brasileiro.

Eis que chega o fenômeno do colecionismo de jogos, onde videogames antigos passam a ser cobiçados e todo um mercado retrô acaba sendo criado. E foi praticamente inevitável para os jogadores criados à base da leitura das revistas de games, que a vontade de reler aquelas clássicas publicações voltasse à tona. Foi o que aconteceu com Rafael Marques, 29, colecionador de revistas de games. “Com os elevados preços que os jogos e consoles atingiram, as saudosas revistas se tornaram um paliativo para aquelas pessoas que só queriam rememorar sua leiturafavorita”, nos conta Rafael.

Para Rafael. “abrir a revista e sentir o cheiro do papel é uma das características que o colecionador de revistas aprecia, o que naturalmente não se consegue com um arquivo digital”. A ideia é sempre buscar todas as edições de sua publicação favorita: “se considerarmos os anos que já passaram, essa missão se torna difícil, mas a exemplo de uma caça ao tesouro, acaba sendo bastante prazerosa à medida em que vamos conquistando os objetivos”. Na busca por esses “tesouros”, a visitação a sebos e buscas em redes sociais e sites de venda na internet são realizadas com bastante frequência.

O amor pelas antigas publicações de games é tão grande que no início de 2015, Rafaelfoi convidado por Cleber Marques, outro aficionado por revistas de videogames, para compor a equipe de uma revista retrogamer independente. Nascia a Warpzone, que após um ano sendo vendido apenas pela internet e praticamente custeada com recursos próprios, atraiu a atenção da Editora Sampa, o que possibilitou à revista a lançar cinco publicações mensais a partir deste mês de abril de 2016, com vendas realizadas em bancas por todo o Brasil.

“Isso só se tornou realidade pela enorme demanda que o público demonstrou ter e a carência de publicações que homenageassem os consoles e as séries clássicas que tantas alegrias deram aos jogadores”, nos conta Rafael, que diz também qual é uma das principais características da revista: “é a aproximação de quem escreve com quem comenta e participa das redes sociais. Desde sua concepção, o grande objetivo é tornar a publicação um elo entre o leitor e o escritor”.

As publicações (revistas e livros) da Warpzone estão disponíveis em bancas de todo o Brasil e também através do site.

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