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Testamos Batman e RIGS no Playstation VR; saiba o que esperar

Edson Godoy, Jorge Miashike e Patrick Weiller | 06/09/2016 09:00
Testamos Batman e RIGS no Playstation VR; saiba o que esperar

Uma das principais atrações da Brasil Game Show deste ano era sem dúvida as diversas opções de aparelhos de realidade virtual disponíveis na feira. Mas nenhum outro atraiu tanto a curiosidade do público como o Playstation VR. Afinal ele é o único acessório de realidade virtual que será lançado para um console neste ano, mais precisamente no dia 13 de outubro com valor previsto de 399 dólares. Então bora conferir nossas impressões sobre os dois jogos que testamos – Batman: Arkham VR e RIGS: Mechanized Combat League.

Batman: Arkham VR
Correndo contra o tempo, como o Homem-Morcego faria para salvar a cidade de Gotham. Tudo para conseguir chegar no horário marcado no estande da Warner na BGS e testar por um tempinho o tão falado Play Station VR, que segundo os responsáveis pelos testes, era apresentado já em sua versão final. E o game não poderia ser mais apropriado, Batman: Arkham VR, sem dúvida uma das atrações mais disputadas durante os cinco dias da feira.

Ao adentrar no local de testes, somos colocados de frente ao Play Station 4. Não foi possível reparar se havia sensores para o Play Station VR, pois o ambiente estava muito escuro, mas segundo imagens divulgadas do acessório pela internet, há um sensor, além dele utilizar também a Play Station Câmera. Para o game play de Batman: Arkham VR foram utilizados dois controles Play Station Move.

O Play Station VR é muito interessante, o acessório não possui fita para prendê-lo à cabeça, mas sim uma espécie de alça física, assemelhando-se a um cadeado. Durante o game play, colocamos o Play Station VR sobre óculos e houve desconforto apenas no início. O aparelho se mostrou leve, confortável e também bonito.

Ao iniciar o game, o cenário da tela de título é a cidade de Gotham à noite, onde podemos observa-la toda do alto de um prédio, com visão 360 graus, podendo observar tudo ao redor. Nesta mesma tela podemos escolher entre dois modos de jogo, mas obrigatoriamente fomos obrigados a jogar o título como Batman.

Ao começarmos o tutorial notamos que além do cenário, podemos ver as mãos do personagem, que são controladas pelos dois controles Move, que usam os gatilhos para realizar o movimento de fechar e abrir os dedos. O primeiro ambiente e um salão enorme e bem iluminado na mansão Wayne, onde era possível ver inclusive partículas de poeira flutuando através dos raios solares que adentravam pelas janelas. Compondo o cenário há um piano, um telefone vermelho – provavelmente uma referência ao telefone utilizado no clássico seriado dos anos 60 – e um porta-retrato em cima do piano. Podemos interagir com o telefone vermelho, tirando-o do gancho – sem nenhum efeito prático, e também segurar o porta-retrato, que quando arremessado ao chão misteriosamente retornava ao seu lugar de origem.

Descendo as escadas você se encontra com Alfred, o fiel mordomo de Bruce Wayne, que lhe entrega uma chave que abre a tampa das teclas do piano. Basta então pressionar qualquer tecla para acionar a passagem para o esconderijo do Homem-Morcego. Um elevador começa a descer e podemos ver a mudança de ambiente ao vermos um lugar bem escuro, com inúmeras coisas a serem observadas pelo cenário.

Automaticamente o elevador para e inicia-se o tutorial para vestir a armadura de Batman, usamos a mão aberta para reconhecimento e abrir o compartimento onde ela se encontra. Basta tocar no símbolo do peito da armadura que automaticamente ela se encontra em seu corpo, daí se coloca as luvas, o capacete de Homem-Morcego, este como se fosse realmente colocar um capacete de verdade, onde temos de pegar com as duas mãos para girar o objeto e colocar sobre a cabeça.

Então o tutorial segue nos ensinando a puxar alavancas e mostrando o uso do Batarang, da pistola Grappling Hook e de uma espécie de scanner que também funciona como lanterna. Também aprendemos a colocar esses itens no cinto de utilidade. Testamos o uso do Batarang jogando-o em alvos, porém eles seguem uma trajetória programada, com as duas mãos. Usamos diversos deles jogando pelo cenário para tentar provocar algum dano, porém nada aconteceu.

O elevador começa a descer novamente e mais detalhes da caverna podem ser vistos, como o famoso T. Rex, oriundo da história "Dinosaur Island", publicada originalmente em Batman 35 de 1946. Infelizmente depois disso o teste foi finalizado. Um ponto importante é que em momento algum do teste houve qualquer tipo de mal-estar, algo que antigamente era comum em dispositivos VR. Algumas dúvidas, porém, ficaram no ar:

1. Como será o sistema de combate? Vimos que é possível o lançamento de objetos como o Batarang, mas e na hora de uma luta corporal,como o sistema irá se sair?

2. Durante o teste, nada se via através do Play Station VR, então sem a ajuda de outra pessoa, o quão rápido é possível usar o Play Station VR e ver onde estão os controles?

Em resumo, a experiência se mostrou bastante imersiva, entretanto o tutorial é um tanto cansativo. Os efeitos sonoros não foram surpreendentes, até pelo fato de haver muito barulho no evento, o que atrapalhava bastante a atenção aos detalhes, mesmo com a utilização de bons fones de ouvido. Graficamente, como relatado anteriormente, Batman: Arkham VR é bastante detalhista em sua parte estética, mas com várias limitações de cenário, ou seja, nada de sair quebrando as coisas por aí.

Batman Arkham VR, da desenvolvedora Rocksteady Studios, será lançado juntamente com o PlayStation VR em 13 de outubro

RIGS, um jogo de robôs em uma espécie de esporte futurista.
RIGS, um jogo de robôs em uma espécie de esporte futurista.

RIGS: MechanizedCombatLeague

Outra saga foi necessária para testarmos o PlayStation VR no estande próprio da Sony no evento. Lá haviam alguns jogos disponíveis e para nós foi mostrado RIGS, um jogo de robôs em uma espécie de esporte futurista. Ao contrário do Batman VR, em RIGS o controle utilizado era o tradicional do PlayStation 4, o que causou certa estranheza.

A impressão inicial foi de que a área de visibilidade do PlayStation VR é menor que a de óculos como o Rift e o Vive. Na parte gráfica RIGS decepcionou, mostrando serrilhados e mesmo em imagens 2d aparentavam pouca definição. Talvez a versão apresentada, que pode não ser a final, possa ter causado tais problemas, ou ainda algum tipo de limitação do hardware do Playstation 4 – que não se viu no caso do Batman. De qualquer forma, é tipo de problema que deve acabar com a chegada do PS4K. Mas isso é assunto para outro dia.

Apesar dos problemas apontados, a sensação de perspectiva era muito boa. O jogo possui visão de dentro do robô, onde era possível ver muitos detalhes tanto do robô em si como também dos inimigos, tudo com ótima qualidade 3D, profundidade e volume. A jogabilidade deixou muito a desejar. A utilização do controle tradicional do Playstation 4 não casou com o game. O controle analógico da esquerda era utilizado para movimentar o personagem, o da direita para movimentar a cabeça da esquerda para a direita, enquanto para movimentar para cima e para baixo era necessário movimentar a cabeça. Para mirar também era necessário utilizar os movimentos da cabeça, o que não era nada confortável e muito pouco preciso. O PS Move fez falta aqui.

Mesmo diante dos problemas percebidos em RIGS, a qualidade mostrada em Batman: Arkham VR deixou uma boa expectativa em relação ao acessório. Confira abaixo vídeos desses dois jogos. Nas próximas semanas falaremos das outras experiências VR apresentadas na feira, em especial sobre o HTC Vive, o que mais impressionou a todos da equipe do VGDB e do Lado B. Nossa coluna de games tem o apoio da loja Press Start, localizada no Shopping Bosque dos Ipês aqui na nossa capital. Visite também o meu site, o Vídeo Game Data Base.

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