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Meio Ambiente

Chico Bento é novo embaixador da proteção das nascentes do Pantanal

Zana Zaidan | 17/03/2014 17:23
A campanha quer garantir água em quantidade, qualidade e regularidade para a atual e as futuras gerações (Foto: Divulgação)
A campanha quer garantir água em quantidade, qualidade e regularidade para a atual e as futuras gerações (Foto: Divulgação)

Personagem dos quadrinhos da Turma da Mônica, Chico Bento agora será embaixador da proteção das nascentes do Pantanal. A escolha será oficializada na quinta-feira (20), em São Paulo, em alusão ao Dia Mundial da Água (comemorado no dia 22), e no dia 26, o grupo coordenador da iniciativa se reúne em Cáceres (MT) para tratar do plano de ação e atividades para preservação dos mananciais.

O propósito é garantir água em quantidade, qualidade e regularidade para a atual e as futuras gerações e o funcionamento do ecossistema pantaneiro.

A ação, que faz parte do “Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal”, uma parceria entre a WWF Brasil, ONG internacional para recuperação de áreas ambientais, com a produtora do criador da Turma da Mônica, a Mauricio de Sousa Produções. No dia 20, será lançado um vídeo de divulgação da campanha, uma animação de 30 segundos em que Chico apoia as ações de recuperação dos rios pantaneiros.

A área de abrangência do Pacto são os 25 municípios da bacia do Rio Paraguai, de sua nascente até a foz do Rio Jauru: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Nortelândia, Porto Estrela, Rio Branco, Salto do Céu, Santo Afonso, Reserva do Cabaçal, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos e Tangará da Serra.

O pacto - O movimento “Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal – Uma Aliança para o Desenvolvimento Sustentável da Região” é um compromisso formal formulado pela sociedade civil, setor privado (reconhecidos como usuários pela lei da águas) e poder público, para promover o desenvolvimento sustentável da região, com uma visão estratégica sobre a atual situação e da gestão dos recursos hídricos.

O movimento foi motivado por um estudo divulgado em fevereiro de 2012, que identificou as áreas de risco ecológico da bacia. As áreas foram divididas em três classes de risco: alto, médio e baixo. O mapeamento aponta que 14% da bacia está incluída na área de alto risco, principalmente na região do Planalto onde estão as cabeceiras dos rios que alimentam a planície do Pantanal. Também foi concluído que porções altas dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal fornecem quase 30% da água que mantém o pulso de inundação da planície pantaneira, conhecida como “a caixa dágua do Pantanal”, no estado do Mato Grosso.

O estudo também identificou que há na região várias áreas sob alto risco que requerem ações de preservação e recuperação urgentes. O arco das cabeceiras do Pantanal é, portanto, uma área crítica de preservação dado o nível de degradação dos solos e a sua importância hidrológica.

Os resultados do estudo deram motivos para a aprovação de uma Moção em defesa das nascentes que formam as cabeceiras do pantanal, durante a realização do XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado em Cuiabá em novembro de 2012.

A primeira ação provocada pela “Moção” foi a realização do Seminário em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, realizado em Cáceres no mês de abril, marco da construção de um pacto envolvendo diferentes segmentos para proteger as nascentes do Pantanal.

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