ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 24º

Meio Ambiente

Comitiva encontra “herança” da seca das vazantes em penúltimo dia de campo

Grupo teve dificuldades que deverão orientar regras para aplicação da Lei do Pantanal

Por Gabriela Couto | 26/03/2024 14:33

Entrando no terceiro e penúltimo dia da Expedição Pantanal, o grupo de 20 pessoas do Governo de Mato Grosso do Sul, pesquisadores e produtores rurais já percorreu quase 400 km na Nhecolânndia e chegaram à Fazenda Santa Clara.

Na segunda-feira (25), a comitiva saiu da Fazenda Santa Fé do Corixinho para visitar invernadas da região, que são pastos em rebrota, leiras regeneradas, e sistema Voisin de rotacionado de pastagens.

Durante a visita, as pastagens e vegetação predominantes, passando por estrutura de corredor e sistema de armazenamento de água, o secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, destacou as dificuldades que os produtores enfrentam.

Círculo colorido mostra percurso que a comitiva irá fazer até esta quinta-feira (28), no Pantanal (Foto: Reprodução)
Círculo colorido mostra percurso que a comitiva irá fazer até esta quinta-feira (28), no Pantanal (Foto: Reprodução)

“Pudemos conhecer como a lei pode ser aplicada na prática. E por conta da seca dos três últimos anos consecutivos no Pantanal, deixando o pulso de inundação bastante alterado, refletiu nas espécies invasoras”, ponderou.

Ele explica que a água tem um papel muito importante no controle das principais espécies que não fazem parte do bioma. “Observamos a invasão extensa, por exemplo, de lixeiras e canjiqueiras, que mudam as características dos campos nativos”.

Para o presidente da ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), Eduardo Cruzetta, a visita do grupo ao bioma nesses dois primeiros dias já foi possível mostrar realidades diferentes, como sistema tradicionais e  outros com tecnologia avançada.

"Tem sido importante para ver as dificuldades que vivemos no momento, principalmente com o baixo índice pluviométrico dos últimos quatro anos e o quanto isso afetou os campos. Nesse ano não tivemos enchentes e muitas vazantes não ocorreu água. Isso afeta de certa forma o campo, com alto índice de invasoras monodominantes, de espécie nativas, em sua grande maioria na região da Nhecolândia", acrescentou.

Cruzetta está otimista com o possível resultado da expedição, que pode direcionar políticas públicas de manejo das áreas afetadas e restauração dos campos nativos. "Isso servirá para manutenção da paisagem, de forma a melhorar e manter a produtividade do gado da região", concluiu.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias