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Política

Projeto de lei prevê reserva de 20% das vagas de vigilantes a mulheres

Antonio Marques | 31/05/2016 18:43
O deputado Felipe Orro apresentou projeto de lei que prevê reserva de 20% de vagas de vigilantes para mulheres (Foto: Divulgação/ALMS/João Prestes)
O deputado Felipe Orro apresentou projeto de lei que prevê reserva de 20% de vagas de vigilantes para mulheres (Foto: Divulgação/ALMS/João Prestes)

O deputado estadual Felipe Orro (PSDB) apresentou projeto de lei, na sessão desta terça-feira (31) na Assembleia Legislativa, que prevê reserva de 20% das vagas nas empresas da área de vigilância, segurança e transporte de valores para profissionais do sexo feminino. Ao todo no Estado são 9,6 mil vigilantes.

A iniciativa tem o respaldo do sindicato da categoria, que vê com preocupação a dificuldade de contratação de mulheres vigilantes. Para o deputado, as mulheres recebem o mesmo treinamento que os homens e estão, portanto, igualmente capacitadas para o desempenho das funções. “Mas a preferência das empresas é por vigilantes homens”, observa Orro.

Felipe Orro explica que o projeto não altera o quadro de pessoal já definido nas empresas, passa a valer apenas para as novas contratações. Ou seja, de cada quatro novos vigilantes que forem contratados por uma empresa, um tem que ser do sexo feminino.

Ademais, lembra ele que a presença de uma segurança do sexo feminino é indispensável em grandes empresas ou eventos para o trato com as mulheres, no caso de ser necessária uma revista, por exemplo. "A lei só vem regulamentar isso", frisou.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Celso Adriano Gomes da Rocha, agradeceu ao deputado Felipe Orro por defender os interesses da categoria e ressaltou a importância do trabalho do vigilante para preservar a vida, tanto de funcionários, como do público que frequenta as empresas, sobretudo de instituições financeiras.

Durante a sessão, Celso Rocha cobrou uma ação da Assembleia no sentido de se fazer cumprir a Lei Estadual 2.378, de 2001, que obriga todas as empresas bancárias e agências dos Correios a contratarem vigilantes.

Segundo ele, são 1,4 mil vigilantes só em Campo Grande e 9,6 mil em todo Mato Grosso do Sul. "Os bancos em geral já cumprem a lei, mas as casas lotéricas e algumas agências dos Correios ainda não", frisou Rocha.

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