Dor e comoção marcam velório de irmãos vítimas de acidente de moto
Cláudio, de 20 anos, e Daiane, de 16 anos, morreram na noite de ontem na saída para Três Lagoas
Dor, comoção e tristeza marcam velório dos irmãos Dayane Silva Esquivelo, 16 anos, e Cláudio Alexandro Esquivelo Osaki, 20 anos, que morreram na noite de ontem vítimas de acidente de trânsito na avenida Redentor, próximo à BR-262, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.
Amigos, conhecidos e familiares ficaram chocados com a violência do acidente. A mãe deles, Maria Helena Esquivelo, 44 anos, muito abalada, disse que Cláudio foi em sua casa buscar Dayane para passar o feriado com ele. “Ele morava com a avó e Dayane comigo. Os dois eram muito apegados”, conta a mãe. Ela tem mais três filhos, que não moram com ela.
A amiga da família Maria Alba Amorim, 52 anos, disse que ficou sabendo pelo jornal da morte dos meninos. “Quando eu vi não acreditei, é muito triste quando a gente recebe uma notícia de morte no trânsito", disse.
Cláudio trabalhava como pintor e tinha o hábito de buscar a irmã para passar o dia juntos. O sepultamento dos irmãos foi nesta tarde (15) às 15 horas no cemitério Santo Amaro.
Acidente - O irmãos morreram na noite de ontem (14), em acidente envolvendo moto e ônibus, próximo da BR-262, saída para Três Lagoas. Segundo testemunhas, o ônibus estava no sentido bairro/centro, quando fez uma conversão para pegar o outro sentido da pista.
A moto, uma Honda Titan conduzida por Cláudio, seguia atrás do coletivo. Ele tentou fazer a conversão junto com o ônibus, e acabou batendo na traseira do veículo. Os jovens foram parar embaixo do ônibus da Viação Serrana, linha Vivendas do Parque/shopping.
De acordo com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) o casal teve politraumatismo e morreu na hora. Quem presenciou a cena ficou muito emocionado. “Dói, Porque é uma cena chocante!”, afirma Rosangela Caetano, de 44 anos, com lágrimas nos olhos.
Trânsito - Cerca de 70 motociclistas já morreram este ano no trânsito de Campo Grande. Segundo o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade, de janeiro a outubro foram registradas 107 mortes no trânsito da Capital. Quase 70% das mortes são de motociclista. Somente nesta quinzena de novembro, das cinco pessoas que morreram em acidentes de trânsito, quatro eram motociclistas.
Segundo Rudel, as estatísticas apontam que em geral, as vítimas têm entre 20 e 22 anos, os acidentes ocorrem de madrugada e os condutores dirigem sem habilitação e sob efeito de bebida alcoólica.