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Capital

Vizinhos de cemitério garantem renda extra vendendo flores no Dia de Finados

Em frente ao Nacional Park havia muitas barracas de flores que tomaram conta das calçadas

Por Lucia Morel e Geniffer Valeriano | 02/11/2024 10:36
Neuza Marques usou dinheiro de seu benefício social para comprar flores de plástico e revender. (Foto: Gennifer Valeriano)
Neuza Marques usou dinheiro de seu benefício social para comprar flores de plástico e revender. (Foto: Gennifer Valeriano)

Aguardando o movimento do Dia de Finados no cemitério Nacional Park, no bairro Moreninhas, moradores vizinhos ao local se tornaram ambulantes para fazer uma grana extra. Nas portas do local, muitas barracas de flores de quem já mora por lá tomaram conta da calçada. Naturais ou não, os itens coloriam a via.

Fortunado Carvalho, 63 anos, está acostumado a montar a banca em frente de casa, pertinho do cemitério, há pelo menos dez anos. Ele já mantém uma lojinha de flores fixa por lá durante o ano, mas é no Dia de Finados, das Mães e um pouco no Dia dos Pais que as vendas aumentam. “Para o Dia de Finados eu vou para a calçada”, diz.

Para este ano ele comprou 80 vasos de flores para revenda, mas sente que a cada ano há menos vendas. “Antes eu vendia tudo. Acabava e eu tinha que pegar as plantas da minha casa para repor, mas agora, a cada ano que passa, vende menos”, afirma. Ele não sabe dizer se a concorrência aumentou ou se menos pessoas estão visitando as sepulturas ano a ano.

Bruno Peralta, de 31 anos, já vende salgados na região ao longo do ano e neste, pela primeira vez, resolveu vender flores. (Foto: Geniffer Valeriano)
Bruno Peralta, de 31 anos, já vende salgados na região ao longo do ano e neste, pela primeira vez, resolveu vender flores. (Foto: Geniffer Valeriano)

Sobrinho dele, Bruno Peralta, de 31 anos, já vende salgados na região ao longo do ano e neste, pela primeira vez, resolveu vender flores. “Comprei só dez vasos de flores naturais para ver se sai bem, se vender tudo, ano que vem compro mais”, avalia.

Aos 72 anos, Neuza Marques usou dinheiro de seu benefício social para comprar flores de plástico e revender, confiante que a venda lhe renderá o 13º. “Cheguei 5h para vender aqui, mas trouxe só flores artificiais porque as naturais são muito caras”, disse. Ela sentiu, entretanto, que as vendas estavam fracas. “A concorrência aumentou muito, eram menos pessoas vendendo antigamente”.

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