Um dia depois, escombros de lojas incendiadas ainda têm fumaça
Quem passava pelo local lamentava destruição de lojas, entre elas uma livraria tradicional onde muitos já compraram
Um dia depois de um incêndio destruir seis lojas na esquina da avenida Mato Grosso com a rua 13 de Maio, o cenário e o forte cheiro que ainda saem dos materiais queimados chamam atenção.
Neste domingo, os carros que passavam pela esquina diminuíam a velocidade e da calçada era possível ouvir "nossa, olha o que aconteceu". As fitas isolando o local destacavam mais ainda a livraria Dom Bosco. Considerado um marco para estudantes da Capital, o estabelecimento também sofreu as consequências das chamas.
"Eles eram muito bons com os clientes. Eu sempre comprava as coisas ali. A gente sente né? Espero que eles tenham seguro", comenta o escultor Sérgio de Sá, 61 anos.
Além da livraria Dom Bosco, instalada há anos na esquina, o incêndio tomou a loja de roupas Josi Re, uma lanchonete, um escritório de advocacia, a ótica Villara e a loja feminina Karla. Para o fogo que se iniciou na madrugada de sábado, foram necessárias seis viaturas do Corpo de Bombeiros e 42 mil litros de água.
Mesmo com todo trabalho, dos escombros de um dos comércios ainda saia fumaça. O aposentado Wilson Gomes, 59 anos, conta que quando soube não acreditou. O genro tem um salão ali perto. "Me contaram e eu já pensei: meu Deus do céu. Tinha comércio ali, gente que investiu tudo o que tinha, da até dó. Não e fácil não. Ali eu a comprei tanta coisa: caderno, caneta", relata.
Perplexo, o técnico Flavio Benites, 37 anos, e a esposa olhavam os estragos de perto. "Impressionante né? Eu sempre comprava as coisas aqui na livraria. Eu fico surpreso de ver como o fogo consumiu tudo".