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Capital

Um mês após morte de Anderci, namorado alega internação para não depor de novo

Polícia procura vítima de roubo de bicicleta que, segundo homem de 26 anos, resultou no tiro contra a namorada

Mirian Machado | 22/04/2021 15:28
Anderci morreu dia 22 de março, um mês após ser deixada em hospital com um tiro nas costas (Foto: Reprodução das redes sociais)
Anderci morreu dia 22 de março, um mês após ser deixada em hospital com um tiro nas costas (Foto: Reprodução das redes sociais)

Internado há 3 dias em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, o namorado da professora Anderci da Silva, que morreu no dia 22 de março, no Hospital da Cassems, em Campo Grande, onde foi deixada, à porta com um tiro nas costas, um mês antes, deverá ter o segundo depoimento adiado.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Enilton Zalla, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Monte Castelo, o advogado do homem de 26 anos, Jean Carlos Cabreira, apresentou petição na delegacia informando que o cliente não estaria em condições de ser ouvido, pois está internado em uma clinica.

“Ele já foi ouvido uma vez, só queria ouvi-lo novamente para esclarecer algumas dúvidas que ficaram”, explicou o delegado.

Quando se apresentou na 3ª Delegacia, onde o caso foi registrado primeiro, o namorado da professora disse que ambos estavam fazendo um assalto, que levaram uma bicicleta e, quando deixavam o local, surgiu um motociclista atirando contra o carro.

A polícia por enquanto segue atrás da vítima desse roubo da bicicleta. “Estamos procurando a vítima para imputá-lo nesse roubo”, afirmou.

Também não há ainda qualquer informação sobre o motociclista. Imagens de câmeras de segurança foram prejudicadas, pois quando a polícia soube da morte de Anderci, o crime já havia ocorrido há um mês. A câmera de segurança que, possivelmente, gravou as cenas do crime não guarda as imagens por tanto tempo.

Mistério - Testemunhas foram ouvidas, porém ninguém relatou ter visto algo que possa ajudar. Delegado ainda esclareceu que o laudo da perícia feita no carro de Anderci ainda não saiu o resultado.

Segundo o advogado do suspeito, O namorado da vítima foi internado na clínica dia 19 de abril, um dia antes de ser intimado, portanto aguarda uma nova data para ser ouvido em outra oportunidade. "Estávamos aguardando [a intimação], mas apresentou um quadro que foi necessário interna-lo", disse.

Crime- O homem  por enquanto é tratado como testemunha do caso, por isso sua identidade é preservada.  Em depoimento anterior, tomado em 9 de março, afirmou ter sido ele a pessoa que levou a mulher ferida para o hospital.

Pela versão contada pelo namorado, o tiro contra Anderci foi disparado de fora do carro dela, um Voyage, durante fuga de crime cometido pelo casal.

De acordo com ele, o carro de Anderci tinha marca de tiro e de sangue dela. Ferida, ela foi transportada até a porta do hospital em uma camionete, segundo as informações iniciais do caso.

Ela tinha 44 anos e havia se mudado de Dourados, onde era concursada, para viver com ele em Campo Grande.

Indagado sobre o motivo que fez o rapaz abandonar a mulher ferida na porta do hospital, o advogado dele, Jean Cabreira, alegou que o cliente não tinha “condições psicológicas” para ficar com ela no momento. Não foi detalhado por ele o motivo disso.

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