Sindicato quer acabar com desconto de plano de saúde
O Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais) quer acabar com o desconto obrigatório do Funserv (Fundo de Assistência à Saúde do Servidor Municipal). Segundo a entidade, a suspensão dos serviços de atendimento pela Santa Casa desde o dia 7 deste mês motivou a decisão.
A presidente do sindicato, Maria das Dores Rocha, garante que a contribuição descontada da folha de pagamento ultrapassa os 3% acordados. A reivindicação dos trabalhadores é que a adesão ao plano e, consequentemente, o desconto dos salários seja opcional.
Além do desconto, a reclamação do Sisem é que mesmo pagando pelo fundo de assistência à saúde, os funcionários precisam custear parte dos procedimentos médicos de que necessitam.
Maria das Dores alega que uma funcionária procurou a entidade nesta semana, porque precisa fazer uma cirurgia na coluna e terá que bancar 30% do procedimento, pois o fundo não cobre a despesa.
Para o sindicato, o valor que a mulher terá que desembolsar é 'inviável', quando comparado ao seu salário.
Ela ressalta também que a suspensão do atendimento da Santa Casa para os servidores, feita no dia 7 deste mês, piora a situação por se tratar de um hospital referência no atendimento de alguns casos.
Auxílio - A Prefeitura de Campo Grande informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o diretor-presidente do Instituto Municipal de Saúde, César Galhardo, negocia há dois dias o retorno do atendimento da Santa Casa para os servidores.
E garantiu que a suspensão ocorreu somente até que o hospital regularize as questões burocráticas relacionadas à sua administração.
Além disso, a administração municipal explica que o Funserv, criado pela Lei 3.636 de 2 de Julho de 1999, tem como finalidade viabilizar a assistência ao servidor.
Apesar do desconto do fundo ser obrigatório para os funcionários municipais, a intenção é que os convênios com hospitais particulares facilitem o atendimento.
Quando à não cobertura do custo dos procedimentos, a Prefeitura garante que o Funserv faz a cobertura total dos procedimentos médicos básicos, e somente os mais complexos exigem que o servidor pague parte dos custos.