A suspensão da miragem da estabilidade faz concurseiros do Brasil chorarem
Choram a suspensão dos concursos públicos. A vida de um concurseiro em uma bolha de isolamento.
O Brasil é um país curioso. Enquanto uma parte de seu povo se dedicou à ascensão social pelo trabalho, outra parte foi levado por uma miragem - a da eternidade dos concursos públicos em profusão. O concurso público é a última forma remanescente e anacrônica de segurança eterna. Em qualquer nação onde ele perdure, somente uma ínfima minoria se preocupa com sua existência. Nos últimos dez anos, época do apogeu das contratações de servidores públicos, surgiu uma rede capilar e profissional de cursinhos preparatórios, sites e jornais especializados, métodos apostilados decorrentes da concorrência exponencial por vagas nesses concursos. Há uma espécie de fascínio exercido pela ideia de "grande prova". Há até um certo "heroísmo" representado pela travessia dos obstáculos dos concursos. Há uma nova "profissão" - concurseiros. A vida deles se difere de todos os demais, ficam em estado de pendência. Casamentos? Indefinidos. Moradia? Suspensa. Decisões? Adiadas. A vida, a vida real começará daqui a pouco quando passar no concurso. É uma fantasia para a imensa maioria. Uma fantasia que empobrece o presente. Cria uma espécie de bolha de isolamento do mundo. São conduzidos pela "indústria de concursos" a acreditar que provas não contem, inevitavelmente, um elemento de sorte. Não há do que chorar pela suspensão dos concursos. Eram apenas uma miragem criada por administradores experts em fantasia. O dinheiro público definhou.
Cérebro urbano e cérebro rural. Quem mora na cidade grande tem taxa maior de distúrbios de humor e ansiedade.
Viver nas cidades grandes e médias tem suas vantagens. Educação, saúde e saneamento de melhor qualidade é a regra. Mas essa vida tem seu preço, e não é apenas no bolso que acontece a diferença. A vida urbana se desenrola em um ambiente social exigente e estressante, com uma taxa de 20% a 40% maior de distúrbios de humor e de ansiedade do que em residentes de áreas rurais. De fato, o estresse crônico é um dos grandes fatores de risco para esses distúrbios - e crescer no campo ou na cidade muda o cérebro.
De acordo com um estudo canadense, publicado na revista científica Nature, a amígdala cerebral de quem vive em centros urbanos mostra uma atividade mais exacerbada durante o estresse. Quem foi criado em cidade grande ou média tem um aumento da atividade do córtex, uma região do cérebro ligada a emoções negativas e ao estresse. Em contraste, viver no campo, em ambientes naturais, sem marcas de construções humanas, sem ruas apinhadas de automóveis, vendo tão somente árvores ou praias, o cérebro rural, tranquilo, volta suas atividades "para dentro", para si mesmo, e não dá atenção a estímulos externos. Em suma: assistir e participar de trânsitos caóticos como o de Campo Grande exige que o cérebro se concentre no mundo exterior, aumentando as possibilidades de distúrbios de humor e de ansiedade. Estar envolvido por árvores ou praias permite que o cérebro se volte para dentro e sossegue. A ciência comprovou a sabedoria popular.
Sustentabilidade e lucro podem caminhar juntos na pecuária.
O Instituto Centro de Vida (ICV) é uma organização social que busca encontrar soluções sustentáveis para conciliar a agropecuária com a recuperação e preservação do ecossistema. Um de seus mais bem sucedidos projetos teve início há três anos em Alta Floresta, município do extremo norte do vizinho Mato Grosso. Com cerca de 840 mil cabeças de gado, a cidade constava na lista das áreas mais críticas do Brasil divulgada pelo Ministério da Agricultura. O ICV em conjunto com seis fazendas pecuaristas agiram em prol da sustentabilidade, técnicas de preservação e manejo da produção. Trabalharam com técnicas simples como a troca de pastagem morta pelo uso rotativo do solo, a tecnologia para reduzir o impacto sobre recursos naturais, as maneiras de aumentar a produtividade com o semiconfinamento e a suplementação à alimentação, além dos trabalhos para seguir o Código Florestal. Os objetivos foram alcançados, com a redução da exploração da floresta e a criação de gado mais atrativo para o abate.
Selfie é apenas uma fotografia de si mesmo, o registro de momentos interessantes vivenciados por cada um?
As famosas fotografias de si mesmo se tornaram uma "epidemia" no mundo inteiro. Sua popularidade atinge a todos: rico, pobre, classe média, gente famosa ou não. Para alguns, esse hábito pode revelar simplesmente um estado de espírito, a vontade de registrar um momento especial ou um desejo de ser reconhecido e popular. Todavia, algumas pessoas podem ser consideradas viciadas nessa prática, disponibilizando inúmeras imagens em redes sociais a espera de cliques de apreciação - curtidas - ou comentários favoráveis.
Não há mal algum em compartilhar com familiares e amigos que ficam felizes com a situação retratada. O problema está quando se espera ansiosamente por comentários e apreciações de outras pessoas, inclusive das que não se conhece pessoalmente, apenas pela internet. Situações desse tipo podem indicar que a pessoa está dependente de um feedback externo para determinar sua felicidade interior. Nenhum selfie do mundo pode substituir uma autoestima verdadeira.
Criaram um sorvete que brilha no escuro.
Uma fábrica de sorvetes portuguesa criou um sorvete de limão para ser vendido no escuro. A brilhante ideia é aproveitar os festivais e baladas da rapaziada, que mesmo no escuro continuar vendendo...e aparecendo. A uma receita tradicional de sorvete de limão acrescentaram uma vitamina que o torna luminoso. Essa vitamina "mágica" não modifica o sabor do alimento. Talvez possa ser utilizada em outras comidas e bebidas.